29 de dezembro de 2010

Némesis - Capitulo II

Némesis estava estupefacta, chocada com o que acabara de encontrar. “Vou encontrar-te…”. Afinal, o seu pressentimento estava certo, afinal, algo ou alguém a procurava, sem olhar a meios para a encontrar…
“Tenho de sair daqui, e depressa!" – Pensou ela, ainda a tremer com o choque. A próxima aldeia ficava a 8 km dali, lá Némesis podia tentar descansar, e partir para longe dali…
Então, Némesis enfiou à pressa todos os seus pertences nu ma mala de pano, e saiu daquela casa, talvez, ou melhor, quase de certeza, para sempre.
No entanto, mal acabava de sair, já Némesis tinha entrado de novo, dirigindo-se á parede, onde estavam gravadas aquelas palavras… Então, com um esticão, retirou a adaga espetada da parede e observou-a. Era uma adaga aparentemente normal, tinha 40 cm de lâmina, de aço, e o cabo juntamente com o pomo e o guarda mão dava um total de 55cm á aquela peça.
Némesis guardou-a, não tendo bem a certeza do que estava a fazer. Partiu, rumo á floresta, apesar de tudo, pensativa…
“Mas… que se passou?” – interrogava-se ela. Afinal, Némesis acabara por ter tido sorte. Se ela não tivesse “ido passear”, provavelmente também seria morta. E a única pista que tinha, era aquela adaga, e as palavras gravadas agora na sua mente…
“Não pode ter sido cuicidência…”
Afinal, ela já estava á espera de algo… E curiosamente, algo que tinha a ver com ela…
Némesis já se tinha embrenhado pela floresta a dentro. Continuava assustada, pensativa ao mesmo tempo… Caminhou durante uma hora, estava cansada, esfomeada, e só queria encontrar um local para dormir. Ouviu um som, vindo algures da floresta, algo próximo, viu sombras, e desmaiou.
-Que se passa… onde estou…? – Némesis tentou levantar-se, mas algo a empurrou para trás.
-Não se levante, ainda está muito fraca. – respondeu-lhe alguém, próximo dela, provavelmente quem a impediu de se levantar.
Némesis estava confusa, a ver tudo á roda, mal era cpaz de distinguir seja o que fosse, estava completamente desorientada.
-Onde estou? – perguntava ela, insistindo por saber onde estava e como fora ali parar.
-Estavamos na floresta, á procura de caça, quando ouvimos movimento. Quando a avistámos, não fomos a tempo de a agarrar. Quando chegámos a si, já estava desmaiada. – Explicou o estranho.
-Humm… Para onde me levaram?
-Bem… Levamo-la para a nossa aldeia… Não a iamos deixar ali estendida no chão…
Depois deste pequeno diálogo, o homem saiu e deixou Némesis descansar. Ela aproveitou para repor as forças, ingerindo algum alimento deixado ali pelos seus salvadores. Dormiu mais algumas horas. Quando acordou, ouviu muvimento á sua volta. Agora já era capaz de distinguir o que se estava a passar.
-Boa noite, está melhor? – disse uma voz. Némesis olhou em direcção á voz. Era um homem com os seus 35 anos, alto, cabelo castanho, olhos castanhos, com uma constutuição fisica normal. Némesis respondeu-lhe:
-Boa noite… Já é noite? Sim, estou melhor, obrigada… - perguntou Némesis, enquanto se sentava na cama.
-Sim, já é noite. Junta-se a nós? – respondeu amavelmente o homem.
-Juntar-me a vós? Como assim? Não estou a perceber.
-Jantar. Venha daí, vamos jantar.
Némesis lá foi, seguindo o homem. Entrou na cozinha daquela casa. Á mesa, estava sentada uma mulhere uma criança, uma rapariga que aparentava os 8 anos.
-Boa noite – comprimentou ela. – Obrigado por… - Porém, não consegui concluir a frase, pois fora interrompida pela mulher.
-Boa noite querida. Não precisa de agradecer absolutamente nada. Estamos felizes por podermos ajuda-la. –disse a muher. Devia ter a idade do marido, deviam de ser casados. Era morena, de cabelos castanhos, de estatura média.
- Sente-se querida. Fale-nos de si…
Némesis sentou-se. Achou por bem não contar que ela era a única sobrevivente da aldeia vizinha, e que algo andara atrás delapara a matar. Decidiu fugir um pouco á verdade.
-Bem… chamo-me Némesis, tenho 21 anos os meus pais morreram quando eu era nova.
Némesis sentia-se como se estive na escola primária a apresentar-se. Mas isso não a incomodou.
-Decidi começar uma viajem pelo mundo… Mas já está a correr mal…
-Não pense assim, a vida é mesmo assim. Todos nós passamos por isso. – reconfortou a mulher.
-Bem – prossegui o homem. – Uma vez que já se apresentou, é a nossa vez. O meu nome é Foucolt. Esta é a Mary w a nossa filha chama-se Sara.
-Muito prazer, e obrigado por tudo…
Após o jantar, Némesis dirigiu-se para o seu quarto temporário. Depois de tomar um banho, deitou-se e adormeceu. Teve pesadelos a noite toda, com criaturas a erguerem-se do chão, mortes, terror. Acordou transpirada, a tremer, assustada.

Fim do Capitulo 2

19 de dezembro de 2010

Sexta-Feira

Poderia continuar a pensar nele… Naquele dia em que estávamos na biblioteca do liceu, sentados naqueles sofás tentadores que teimavam em chamar por nós… Aquele dia em que foi tudo tão perfeito… Quem me dera que não tivesse acabado…
No entanto, não seria a primeira nem a ultima vez que nos iriamos sentar naqueles sofás, a ouvir a professora Celeste a dizer “não se namora aqui!”
Mais uma vez fomos para aqueles sofás, no último dia de aulas do primeiro período, na última hora que nos restava daquele dia. Chegamos então á biblioteca do liceu, e sentamo-nos. Uma aragem fria tinha cessado, estava quente, por isso, na biblioteca. Continuava de mão dada com ela, não queria de maneira nenhuma separar-me dela. Queria aproveitar todos os segundos possíveis para poder vela, tela ao pé de mim, sentir o seu toque…
Rapidamente o tempo passava, no entanto, era como se tivesse abrandado para nós. Cheguei-me mais para ao pé dela, sentia cada pedaço do seu corpo encostado ao meu. No entanto, ela encostou a sua cabeça sobre o meu peito, e dormitava. Eu fiquei ali a observa-la, sem pressas de a acordar. Antes pelo contrário. Enquanto ela o fazia, não cessava de lhe acariciar as faces, de lhe depositar beijos nas suas faces quentes e macias. Era um sentimento fantástico, poder estar ali, vela na sua inocência mais pura… Também eu cedia, a pouco e pouco ao sono que parecia rondar aquele local. Fechei os olhos por instantes, sem deixar de lhe acariciar as faces. Tinha de controlar o tempo, não me podia deixar dormir, pois sabia que em breve ela teria de se ir embora. Mas isso agora não interessava. A única coisa que interessava era ela, a minha princesa, que dormitava ali no meu peito… Sentia-me feliz, sem dúvida alguma. Apesar de estar a ceder ao sono, queria que aquele momento durasse para sempre… Ambos estávamos quentes, de tal modo abraçados que partilhávamos o calor um do outro. Sentia a respiração dela, calma, descansada. De vez em quando, ainda via os olhos dela a abrirem. E pensava “eu ainda aqui estou… e sempre estarei princesa…”
No entanto, aquele momento, tão perfeito que estava a ser, foi de súbito interrompido. Lá vinha outra vez a professora Celeste, a dizer que não podia ser, que não podíamos estar ali assim, que não era exemplo para os outros alunos… E lá saímos nós dos sofás tão cómodos que eram, e fomos para fora da biblioteca, onde reinava o frio… No entanto, apesar do frio, isso não nos impediu de estarmos juntos. Chegamos ao pé dos cacifros da escola, fomos buscar os nossos pertences, deixando o nosso cacifro vazio, e constatamos que ainda tínhamos cinco minutos antes de a mãe dela lhe ligar, com a habitual conversa de “despacha-te, já aqui estou á espera há uma data de tempo!”.
Abraçamo-nos, não queríamos que aquele abraço acabasse… Sabia-mos que só nos veríamos novamente em Janeiro, e estas férias iriam ser uma tortura para ambos…
E começa o telemóvel a tocar… deslargamo-nos, e vamos ao encontro do exterior, que estava ainda mais gelado que o interior do liceu.
E despedimo-nos… mesmo ali, em frente do carro da mãe dela, puxei-a para mim, abracei-a, e beijei-lhe a face macia e suave, relembrando os momentos antes passados na biblioteca do liceu, relembrando todos os nossos abraços, aquela sensação de aconchego quando me perco nos teus braços, aquele teu olhar, aquele que só voltarei a ver no final das férias, em Janeiro. Até lá, vivo com estas saudades que não acabam… Mas que, em sonhos, me levam até ela.
Amo-te Princesa <3

8 de dezembro de 2010

Tudo o que se passara foi esquecido...

6 de dezembro de 2010

Dedicatória para a pessoa mais especial do mundo :'D

Por vezes, algo nos leva a pensar no porquê da vida, no porquê de existir, se só se conhece dor e sofrimento, tristeza, solidão. Por vezes chega-se a pensar que chegou a hora de desistir, de descansar. No entanto, certos acontecimentos que, por incrível que pareça, mudam uma vida. Foi o meu caso. Naquele dia, apenas me limitei a entrar na conversa, apenas porque sim. Nada me faria pensar nas consequências que isso traria. Apenas me deixei levar, confiando no que o meu “eu” interior me dizia, “esquece os que te preocupa, vive o momento…”. E assim fiz, pus de parte as preocupações, e mostrei um pouco de mim a ti. No entanto, estas preocupações teimavam em vir ao de cima, não queriam ir embora. A verdade, é que quando estava contigo, todos os problemas e preocupações desapareciam, mas quando te via partir, regressavam sempre, com um acréscimo: “o que faço agora?”. Nos dias que se seguiram, resolvi desabafar o que tinha cá dentro. Como sempre pensei que o fizesses, tu ouviste-me, ajudaste-me. Fiquei logo aliviado, porque sabia que podia contar contigo. Os dias passaram, mas aquele dia em particular eu não vou esquecer. Aquele dia, que parecia em tudo igual aos outros. Menos numa coisa… Tu estavas triste, e isso doía-me pelo facto de não saber o que fazer para te ajudar… Conversámos, desabafaste, tentei ajudar-te no que podia e no que não podia… O tempo passou, e quanto mais tempo eu te via triste, mais triste eu ficava… Por dentro… No entanto, algo que proferi fez com que te animasses, e logo aí ficas-te um pouco menos triste. Foi também nesse dia que senti pela primeira vez aquele sentimento impetuoso de te abraçar. No entanto, não fui capaz. Algo inexplicável impediu-me de tal coisa. Talvez tivesse sido culpa das preocupações que me assaltavam nesse momento, dúvidas, perguntas sem respostas. Despedi-me de ti nesse dia, sentindo que aquele dia tinha sido diferente, que algo tinha mudado… Pensei nos nossos momentos em que estivemos juntos, debaixo e por entre as árvores daquele lugar, que era deserto aos olhos de outros. E foi nesse dia, e nesse lugar que, com toda a certeza, tudo começou, para mim… Passei a estar diferente, a dedicar todo o meu tempo a ti. Só me preocupava contigo, ver-te sorrir era o meu único propósito, só isso interessava, nada mais. O resto, á minha volta, era como se não existisse, era como se fosse outro mundo á parte. Apenas me focava em ti. Mais uma vez, o tempo passou, e tinha de tirar as preocupações todas de uma vez por todas. Procurei-te, de novo, para me aconselhares a fazer o que precisava de ser feito… Agora, já eu me sentia feliz, porque estavas comigo, porque via o teu sorriso, porque te amava… Avancei, receoso, para a solução encontrada. Um sentimento de culpa invadiu-me, é verdade, porém um de felicidade constante tomou-lhe o lugar. “Quem me dera um dia poder namorar contigo”, disse-te. Ao dizer isto, sabia que os próximos tempos iam ser de mudança, para melhor, esperava eu. Passaram os dias, era impossível viver sem ti, sem o teu toque nas minhas mãos geladas, sem a tua face, quente, sorridente sem o teu doce olhar que transmitia felicidade, e que ainda transmite… Agora, o receio de te abraçar desaparecera por completo, aliás, agora é aquilo que mais me deixa feliz. É o teu abraço, que deixa transparecer alegria, felicidade, tudo aquilo com que sempre sonhei e não esteve lá, comigo. Esse sonho foi realizado, foste tu que o realizaste. Só de te ter encontrado, realizas-te o meu maior sonho, que sempre cá esteve, apesar de teres sido tu a desperta-lo, a traze-lo para a realidade, este sonho de te amar. Hoje, orgulho-me daquele dia que, apesar de estares triste, consegui fazer-te sorrir, sair da monotonia da tristeza e solidão. Tudo isto, todas estas palavras, linhas cobertas de frases, riscos, não são apenas isso mesmo, são um pouco mínimo daquilo que nós passamos juntos, e daquilo que eu por ti sinto. Sinto saudade quando não estás, mesmo que tenhas ido embora no segundo atrás. Sinto-me feliz por poder estar a teu lado, por poder passear a teu lado. Pergunto-me o que seria feito de mim se não te tivesse encontrado. Mas não interessa. Nada disso interessa. Apenas me interessas tu, meu amor. Apenas me preocupo contigo, com o que te vai na alma, nada mais me foca a atenção… Apenas tu tens esse poder em mim, que me seduz o coração através de olhares, sorrisos e abraços… Hoje, digo que te amo, amanha, direi que te amo e para sempre te direi o mesmo, sempre. Porque é isso que eu sinto, é isso que eu quero, amar-te para sempre. É muito tempo, eu sei, mas parece-te boa ideia? A mim parece, como que, no que depender de mim, farei de ti a rapariga mais feliz deste mundo. Por ti, faço qualquer coisa. Por ti, ia até ao Universo procurar a segunda estrela mais bela, para te oferecer, porque tu és a estrela mais bela, e porque para mim tu brilhas mais que todas as estrelas. Á medida que relato aqui tudo isto, o meu pensamento não foge de ti, dos nossos momentos abraçados, dos nossos passeios, das nossas conversas, das nossas confissões. Hoje, também sonho com o nosso próximo momento juntos, porque isso é motivo para sonhar, porque qualquer um sonha com alguém como tu. No entanto, só eu tive a sorte de te conhecer, só eu te amo verdadeiramente, só eu tenho a sorte de ser amado por ti. Sinto orgulho em tudo isto, pois nada me dá mais orgulho que tu, minha princesa, nada me dá mais orgulho que ver todos os dias o teu rosto feliz e sorridente, a olhar para mim, a caminhar até mim. E são estas pequenas acções que me fazem amar-te, mais e mais, agora e para todo o sempre. Agora posso finalmente dizer que sim, que sou feliz, porque tu completas-me, porque tu és o meu reflexo, és a minha metade, és a minha alma que á muito tinha partido, e que, embora se ausente por uns momentos, regressa sempre, aos meus braços.


Amo-te Muito <3<3

26 de novembro de 2010

Amo-te :D

Procurei, percorri.
Este mundo, a ti.

Onde estavas,
Não sei.
No meu horizonte,
Foi onde te encontrei.

Sorris, ao mundo meu,
Observas-o atentamente.
O meu coração é teu,
Entrego-to docemente.

Vem, meu anjo até mim.
Vem, inocência, chega-te aqui.
Abraça-me uma vez mais.
Apaga-me estes pecados mortais.

Levemente ao vento me deixo guiar,
Na esperança de te reencontrar.
Não porque me perdi,
Mas porque me perdi em ti.

Reviro os pensamentos,
Mas tu lá permaneces.
Exploro os meus sentimentos,
Entrego-tos pois tu mereces.

Quero-te para mim, é verdade.
Quando não estás, sinto saudade.
Mas fecho os olhos e revejo,
Os nossos momentos, o teu beijo.

Escrevo a pensar em ti,
Meu amor, a minha alma te entrego.
Este amor, presente em mim,
Faz-me feliz, e não o renego.

16 de novembro de 2010

Capitulo VI - Ainda no mar... (História Conjunta)

O homem tinha acordado sobressaltado, Porém, devido a não ter forças suficientes, foi incapaz de se levantar. Limitou-se e quase berrar:

- Onde está Ifrii?
- Tenha calma… - disse-lhe eu. O homem tinha acabado de acordar, depois de ter estado inconsciente, ainda caía para o lado outra vez, e sinceramente, tinha mais que fazer do que esperar que ele acorda-se.
-Mas… Quem é Ifrii? - Desta vez, Lilyth tomara partido de lhe perguntar por quem o estranho homem chamava.
- Porra! A minha espada!
O homem estava bastante enervado, mas era apenas uma espada, para que tanta preocupação? Será aquela espada mais do que aparenta ser? Quando falou, parecia já mais calmo…
- Ifrii é a minha espada…
Olhei de relance para Lilyth. Esta tinha estado a “alimentar” a espada com bolas de fogo. Só espero que ela não diga que…
- Quê? A espada que come fogo?
Do nada, o homem sentou-se de repente, tal devia ser a vontade de reaver a tal espada. Este, olhou para a sua roupa a secar ao lado da cama na esperança de que Ifrii estivesse junto com elas, mas não estava.
- Onde é que ela está? - disse este levantando-se mesmo. Lilyth que acabara de pegar na espada respondeu-lhe:
- Aqui! Mas isto é realmente uma espada?
Bem, eu também perguntaria, pois nunca vi uma espada que consumisse fogo.
-É feita de metal? Parece-te uma espada? Não é um machado, pois não? Não é uma faca de manteiga, pois não? Então sim, é uma espada!
O homem estava de facto muito irritado. Acho que já me arrependi de o ter salvo…
- Oh bem, onde estão as minhas maneiras? - com mais calma, este pegou em Ifrii. - Chamo-me Gaktak Elentirr, Necr… - o homem tossiu. Provavelmente ainda tinha sal nos pulmões devido á água que deve ter ingerido no mar. - Elementarista e Homem d’ Armas, eternamente grato e ao vosso dispor.
Finalmente um pouco de educação! Chegou a minha vez de falar…
- Então também é um guerreiro!
- Também sou Elementarista! É assim que se diz, certo? - perguntou Lilyth.
-Uh… Sim… Que tipo de armas usa? - Perguntou-me o homem.
- Bem, nada de mais… uma espada, um arco, e um punhal… resumidamente, o básico… - a minha espada também era o meu orgulho… A lâmina desta era feita de aço puro, do pomo ao guarda mão era feito de prata, com 6 ametistas gravadas, 3 em cada lado do guarda mão. O cabo desta, era entrelaçado por dois fios de meio centímetro de largura de ouro puro também, por cima de cabedal, enrolando as pontas ao pomo e ao guarda mão. Já o pomo era mais curioso. Este era composto por prata, referido anteriormente. Porém, não era esférico. Era uma meia esfera. Porém, na base da meia esfera (esta ligava-se ao cabo pelo redondo e não pela face lisa), estava cravado em rubi um pentagrama não muito alto, apenas com 3 milímetros de altura.
O meu arco era, como dito anteriormente, de freixo, flexível e muito bom, com um alcance muito longo. Porém, não era qualquer um que o conseguia montar.
Já o meu punhal era normal, adquirido ao ferreiro da minha tribo. - a minha espada, bem como o meu arco, foram heranças do meu pai… Já agora, o meu nome é Rohan e esta jovem chama-se Lilyth. E as suas? Hum… não gosto muito de formalidades… no campo de batalha não se usam muito, não estou habituado… posso trata-lo por «tu»?
- Certo, á vontade… na verdade, até percebo… estava só a tentar ser bem educado… podes chamar-me por «tu» ou pelo meu nome, não há problema…Quanto às armas, embora normalmente só utilize e esteja especializado em espada de mão e meia, a Ifrii, também sou versado em adagas, punhais, chicotes e maças d’armas, machados… uma miríade delas… - dissera Gaktak. Bem, parece que ao menos sabe combater com o que vier á mão…
-Eu também uso mais a minha espada do que o meu arco ou punhal…- afirmei eu. - na verdade - continuei - uso o arco raramente, embora tenha bastante perícia com este… Nas a minha espada… É uma espada curiosa… Não oxida, não precisa de manutenção, está na minha linhagem há muitas gerações e a sua lâmina nunca perdeu o seu vigor…
- Hum… Isso parece-me de fabrico élfico, ou obra de anões… eles é que costumam fazer coisas do género, embora raramente haja registos de colaboração entre essas duas raças…
Ao dizer isto, Gaktak passou com a sua mão pelas suas roupas… Decerto que não haviam secado até ao momento.
- Há algumas roupas secas por aqui? Não posso andar por aí assim, quase nu…
- É capaz, espera um pouco. - Virando-me para Lilyth perguntei: - Lilyth, vais ao nosso quarto e trazes-me umas vestes minhas? São capazes de servir a Gaktak.
- Sim, claro, trago já. - E saiu.
- Obrigado. - Agradeceu Gaktak…
Ainda estava a pensar no braço de Gaktak… O que teria acontecido? Segundo o que a mãe de Lilyth tinha explicado, quando certas raças tentavam conjurar ou fazer uma magia á qual esta seja incompatível com a raça, havia um preço a pagar por isso… Teria sido isso que lhe acontecera? Mas, então que magia tentara ele conjurar? Porém, os meus pensamentos foram interrompidos por Gaktak.
- Então, a tua…huh… mulher, também, é Elementarista?
- Hum… Elementarista? - tentei dar um ar de confusão, pois queria saber o que lhe acontecera, e não queria mostrar que sabia um pouco do assunto. Decidi, portanto, fazer-me de ignorante. - Sei lá, a única coisa que sei é que ela deu bolas de fogo á espada, e que faz coisas que eu pensava serem impossíveis…
Isso era outra história… A espada esquisita intitulada Ifrii… Como era possível uma espada absorver fogo?
- Uh… Certo… Então e qual é o elemento predominante dela?
-Ugh… Fogo? …
- Hum… Ela parece inexperiente… Se quiseres posso ensina-la e treina-la… Tens é de me dar um ou dois dias para recuperar todo o meu Maná…
- Eu não percebo nada disso, confesso que fui apanhado de surpresa por tudo isto, nem eu, nem ela sabíamos do que se estava a passar… Gostaria de assistir, caso possível, pois ao menos fico a saber do que se trata, visto agora eu ser um completo ignorante nesta matéria…
Não me agradava nada que Lilyth ficasse sozinha com este tipo, ainda não confiava nele…
- Certo, depois quando a for treinar logo dou uma explicação para isto… Se puder ajudar em alguma coisa enquanto recupero o meu Maná, tenho todo o gosto em vos assistir…
- Agora o importante é deixar o mar, chegar a terra… Para dizer a verdade, este barco não resiste muito mais… Para onde seguias?
- Seguia para uma Ilha… Queria ver como era… Já a encontraram?
- Hum… A Ilha… A porra da Ilha… Aquela que foi nadar com os peixinhos? Sim, também fomos para essa Ilha, que agora já não é ilha nenhuma, é fundo oceânico…
Já nem podia ouvir falar da Ilha! Por causa dessa Ilha, agora estou metido numa bonita situação! No meio do oceano, perdido e com fome, com uma namorada Elementarista pelo meio… Raio da Ilha…
- Tens a certeza? -Perguntou Gaktak.
Nãããão, estou a brincar, afinal Ilhas que se afundam porque sim é a coisa mais normal do mundo! Entretanto Gaktak continuou:
- Bem… Só espero é que quem quer que lá vivesse tenha escapo… O mar já teve a sua ração de corpos… Depois quando a tua mulher… Lilyth, certo? Chegar com as roupas, logo confirmo isso…
-Logo… Confirmas? - Perguntei eu.
- Sim, quero ver isso com os meus próprios olhos… Diz-me, estava algum fundão no sítio onde seria suposto estar a Ilha?
- Bem, um fundão bem grande… Para dizer a verdade, estamos agora nele…
- Óptimo, chegaram as roupas. – Lilyth acabara de entrar com umas calças e uma camisa. – Anda Lilyth, deixa Gaktak vestir-se em paz. – Virando-me para Gaktak: - Estaremos no convéns à tua espera.
Saindo do pequeno quarto onde se encontrava Gaktak, dirigi-me a uma das bordas do navio, juntamente com Lilyth.
- Que achas? – Perguntei-lhe.
- Sobre ele? Não sei bem… Mas parece-me que tem algo de estranho, não tenho a certeza… Não sei explicar o que é…
- Eu também não estou muito virado a confiar nele… Para dizer a verdade, também acho que ele tem algo de estranho… Para além disso, não há muita gente jovem de cabelo branco e braços mirrados.
- Sim, isso também é estranho. E os olhos dele? Vermelhos… Muito sinistro… Será ele alguma espécie de demónio?
- Não creio… Apesar de tudo, ele não tem ar de demónio… Ainda assim, há algo que… não sei porque, faz-me desconfiar… - disse-lhe eu.
- Acho melhor ficarmos atentos, pelo menos por enquanto, não sabemos nada sobre ele, nada. Nem origens, nem de onde veio, nem o que ia fazer á Ilha… - Sugeriu Lilyth.
- Sim, vamos ficar de olho nele… Por enquanto… Sim, é isso… - respondi-lhe eu pensativo.
Passaram as horas. E já havia indícios de que a noite se aproximava quando vimos a costa de uma outra ilha nas proximidades. Avançamos até lá, precisávamos de mantimentos se queríamos continuar vivos, e para além disso, aquele barco precisava de uma reparação a fundo…
Chegamos o mais perto possível da costa, e ancoramos ali. Entretanto, fui chamar Gaktak, adormecido no pequeno quarto que há horas eu tinha abandonado.
- Não dizias que querias ajudar? Já chegamos a terra… Vem, vamos procurar comida. – E saí.
Olhei para a ilha. Depois do areal, a ilha afundava-se numa densa floresta, não deixando ver nada para além de árvores e outras plantas exóticas, próprias daquele clima oceânico.
Passados uns minutos, Gaktak saiu do quarto. Foi ele o primeiro a falar.
- Depois de reabastecermos, que acham de irmos ver aquela àquela cidade se conseguimos ajuda para reparar o barco?
De facto, por entre as árvores densas, avistava-se fumo. Era capaz de ser de alguma povoação que habitasse a ilha, no entanto, não creio que seja uma cidade. Mais uma aldeia. Com a vegetação assim tão intocável, é mais provável ser mesmo uma aldeia.
-Porque não… Somos poucos e o barco está em muito mau estado… Para além disso não temos alimentos e os marinheiros estão famintos e fracos… O que conseguirmos arranjar não é suficiente para a viajem de regresso…
Pusemo-nos num bote, e ordenei aos marinheiros que ficassem ali, a guardar o barco, e esperar pelo nosso regresso. Eu, Gaktak e Lilyth apressamo-nos a chegar ao areal. Gaktak, pensativo disse:
- Hum… Tentamos arranjar algo para comer, depois, trato de algo para encurtar a nossa viajem… Em relação à comida, acho que posso ajudar…
Após estas palavras, Gaktak fechou os olhos, e esticou o seu braço direito para a frente, com a mão aberta tendo a palma da mesma virada para os céus. Depois, proferiu:
- Fogo que arde no centro do nosso planeta, Vento que sopra pelos campos e Terra que nos circunda, Água que é parte do nosso ser como criaturas que somos, juntem-se em conluio e animai parte de vós para me auxiliar. Dá-me um ser etéreo, para se poder movimentar facilmente até mim. Eu preciso desse mensageiro. Deixa-me possuir e usufruir dessa vossa porção. Ergue-te, Elemental do Vento!
E posto isto, uma pequena criatura, se bem que se podia chamar aquilo de criatura, pois a meu ver era mais uma cabeça de vento do que uma criatura, apareceu na mão aberta de Gaktak. Parecia uma espécie de tornado em miniatura, com uma esfera no topo do mesmo. Apesar de cabeça de vento, tinha dois olhos azuis que pareciam feitos de luz, e também dois pequenos braços. Fiquei desapontado, esperava algo maior. Tanta conversa para aparecer uma coisa minúscula… No entanto, Gaktak repetiu o mesmo processo descrito anteriormente. No entanto, desta vez esticou o braço esquerdo, fazendo aparecer uma criatura, ou melhor, uma cabeça de vento, em tudo igual á outra.
Virando-se para as pequenas criaturas, ou cabeças de vento, como eu gosto de lhes chamar, ele disse:
- Vamos agora para aquela floresta procurar caça. Se encontrarem algo próprio para consumo humano, venham ter connosco e mostrem-nos o caminho. Memorizem as nossas assinaturas de Maná para nos encontrarem. Percebido?
As pequenas criaturas soltaram um pequeno guincho (não esperava outra coisa), deram um mortal para a frente e juntaram-se, separando-se em seguida e afastando-se em direcção á floresta. Gaktak sorria.
- Certo, vamos – concluiu este.
Após isto, Eu, Lilyth e Gaktak partimos na direcção da floresta. Algo me dizia que esta floresta ia dar que falar.

6 de novembro de 2010

Barquinho de Papel II

Bem, da última vez que vi o barquinho, este encontrava-se sózinho, perdido naquele ramo do rio grande onde um dia estivera, naquele ramo onde reinava a poluição, as trevas, o desespero do próprio barquinho.
Ele só desejava sair dali, só desejava ganhar forças para sair dali. Bem, vendo bem as coisas, afinal este ainda não tinha ido ao fundo, sendo um barquinho de papel... Podia também ganhar umas rodas mágicas que o fizessem saltar daquelas águas negras e passar para o rio lindo e calmo que tanto queria encontrar, como foi sugerido. Bem, mas isso não acontece só porque sim... Assim que chegava a noite, o barquinho procurava um cantinho sossegado naquele rio para puder passar a noite, desde que ali entrara que nunca mais navegara de noite, pois tinha medo das trevas que se abatiam naquele lugar, já não era como dantes, em que tinha gosto de percorrer o rio e olhar o céu, ver as estrelas, tão lindas no céu... Mas ali não haviam estrelas, o céu estava sempre coberto...
Passou essa noite...
Acordou de manha. Curiosamente, o barquinho tinha sido arrastado pela corrente... Não, não podia ser corrente... Afinal, aquele ramo do rio não tinha uma saída, não desaguava em lugar algum. Vejamos... Afinal, não tinha sido levado pela corrente. Não, alguma coisa ou alguém o puxava para fora dali.
O barquinho derramou uma lágrima no rio que agora abandonava, sem saber como nem porquê. E, ao fazer isso, reparou num pequeno peixinho, provavelmente acabara de nascer, devido ao tamanho do mesmo. O barquinho, ficou tão surpreendido com o peixinho... Este conseguira nascer ali mesmo, no rio poluído. Afinal, ainda havia esperança suficiente para poder aparecer vida nova. O barquinho ficou muito feliz pelo pequeno ser que agora o seguia.
No entanto, o barquinho ainda não sabia porque estava a abandonar aquele local, não sabia o que o estava a fazer com que ele se movimentasse para fora dali. Este, no entanto, não se importava com isso. Porque sentia a felicidade a voltar-lhe de novo a si mesmo.
Chegou de novo a noite, mas desta vez, o barquinho não quis parar. No céu já se avistavam as primeiras estrelas. O céu ia ficando cada vez mais limpo. Mas, com o passar do tempo, acabou por adormecer.
Acordou na manha seguinte. O pequeno barquinho não acreditava no que via. Olhou em volta, ainda espantado com tudo aquilo. Via vida por todo o lado. O rio, parecia que tinha renascido. Não, espera, o barquinho reparou em si mesmo. Este estava... novo? Como que acabado de ser feito? Mas... como?
Mas isso agora não importava. O que importava era que tinha saído daquelas águas. No entanto, continuava sem saber quem o tinha levado até ali. Percorreu, feliz, aquele rio de águas límpidas, cheias de vida, quando viu algo que nunca tinha visto. Estava lá, no rio, rodeado por peixes, aves, borboletas, outro barco de papel.
No entanto, este não era um barco de papel. O nosso barquinho, ao observar mais atentamente, percebeu que se tratava de uma barquinha de papel.
Ao aproximar-se, ouviu algumas das palavras desta barquinha.
"- E assim puxei o barquinho de papel, e fi-lo chegar a este rio, cheio de peixinhos, esperança e alegria, tal como ele tinha sonhado desde que iniciou a sua aventura."
O barquinho de papel estava feliz. Tinha chegado ao local que iria iniciar a sua verdadeira viagem até ao grande Oceâno.

Fim.

1 de novembro de 2010

Lagoa Encantada

Foste comigo
Até à Lagoa Encantada.
Disseste-me ao ouvido,
Que estavas apaixonada.

Por momentos me assustei,
Quando te perguntei:
Por quem estavas apaixonada,
Naquela noite estrelada.

Quando eu te beijei,
Nos teus lábios me ausentei.
Na lagoa Encantada,
Tu estavas apaixonada.

(Texto dedicado...)

31 de outubro de 2010

Why...

Why am I being followed by fear,
When I feel you are close to me?
Why do your eyes make me burn,
If I love you so much?

Why can’t I give the first step,
Every time I see your?
Why does my heard stop,
Every time you are kissed?

Why is there so much pain?
Why do I feel this way?
Why am I a “love loser”?
Why don’t I really trust myself?

What are all these fears for?
What are all these doubts for?
Tell me all about your secrets,
I just want to know you deeply.

It's not worth dreaming,
That will never happen.
It ‘s not worth loving you,
If it doesn’t bow a happy end.

(2008/2009)

26 de outubro de 2010

Resposta a "Aquela quarta-feira"

Ponho-me a escrever...
Penso em ti, porque não?
Tento não me perder,
Em pensamentos do meu coração....


Fecho os olhos,
Tu sorris para mim.
Quando os torno a abrir,
O meu pensamento só foca em ti.

Aquilo que mais admiro,
É a tua alegria constante.
Aquilo porque eu suspiro,
é o teu olhar penetrante.

Vem, dá-me o teu carinho.
Quero-te nos meus braços,
Quero-te comigo.

Pare mim és especial,
Ajudas-me em tudo.
Meu verão Outonal,
Tu és o meu mundo.

Hoje, sou teu amigo,
E em ti sinto orgulho.
Hoje, em ti penso,
E nos momentos partilhados contigo.

25 de outubro de 2010

Aquela quarta-feira

(Caros leitores,  o texto que se segue não é da minha autoria. Porém, ainda assim, merece ser aqui mostrado. Apreciem.)

Naquela manhã acordei triste. O meu suposto “melhor amigo” tinha-me usado e já não queria saber de mim.
De quem era a culpa? Talvez minha, por ter pensado que ele era diferente.
O ódio cresceu. Odiava-o por me ter tratado tão mal. Odiava-me por achar que ele não seria capaz.
Almocei sozinha. Estar sozinha só me fez pensar mais, odiar mais.
Ao sair cruzei-me contigo. O que é que eu tinha a perder?
Fiz-te companhia. Desabafei e tu ajudaste-me. A certa altura disseste-me uma frase que mudou tudo: “Eu também já passei por isso, lembras-te?” Realmente não me lembrava. Não me lembrava de nada. Estava cega. Tu fizeste-me esquecer os meus problemas e diverti-me muito naquela hora (ainda bem que faltei ao Latim por ti…)
Tinha encontrado um verdadeiro amigo e desde aí nunca mais te larguei.

ADORO-TE!!

Por: Luna Lovegood

20 de outubro de 2010

Barquinho de Papel

Eu gostava de ser um barco. Um barco pequenino de papel. Um barco de papel. Um barco que pudesse nascer no rio, aliás, na nascente desse mesmo rio. No entanto, não estou em posição de fazer exigência alguma. Por isso mesmo, vou continuar a história do meu barquinho de papel.
E largo-o, ao meu barquinho de papel, no inicio daquele rio, na nascente de água pura e inalterada por qualquer ser ou alguma coisa.
E começava a jornada do pequeno barquinho de papel. Avança, tímido, muito devagar, para não se afundar antes de chegar ao seu destino.
O rio está calmo, permanece no seu estado mais puro, mais inalterado. O barquinho de papel sente-se feliz. Continua a percorrer este rio. Com o tempo, o rio vai ficando aos poucos mais rápido, mas ainda assim, o pequeno barco de papel não se deixa intimidar. Continua o seu caminho, sem medo. Parece que o nosso barquinho é corajoso.
Mas um dia algo mudou. Uma tempestade. O rio transbordara. O pequeno barquinho não estava pronto para a tempestade. Ele tentou lutar contra a tempestade. Quase que desistiu de lutar contra ela. Mas a tempestade passou, o barquinho pequenino tentou continuar o seu caminho. Estava fraco, indefeso....
O tempo passou, e o pequeno barquinho conseguiu recuperar-se dessa tempestade.
O sol raiava no céu, o barquinho de papel estava de novo encorajado para continuar o seu caminho.
O sol raiou no céu durante muito tempo. O barquinho de papel estava feliz. O seu caminho estava iluminado. Porém, o céu enegrecia a cada dia que passava.
Alguém vira o barquinho, e decidira apedrejá-lo. Não sei bem porquê! O barquinho, estava triste. Estava quase a desistir de continuar o seu caminho, até ao seu destino final. Ele ao inicio pensou que o caminho era fácil, que não ia haver obstáculos na sua frente. Alguém que vira o que aconteceu, ajudou o barquinho de papel a não desistir do seu caminho. Então, o barquinho continuou o seu caminho, o rio já não era calmo, já não era pacifico, estava sujo, poluído... O  barco estava em muito mau estado, chorava muitas vezes a pensar no que lhe tinham feito, perguntando-se o que lhes tinha feito... Estava fraco, triste...
Esse alguém desapareceu da vida do barquinho. Este, sentiu-se a afundar no rio que agora estava negro. O céu estava da cor do rio.  Negro. Começou a chover. Relâmpagos surgiram no céu. O barco de papel chorava pela ausência desse alguém. Agora não tinha alguém com quem desabafar. Porque tinha sido abandonado.
O tempo passou. O barquinho foi obrigado a crescer. Não teve a vida feliz com que tanto sonhara. Tinha sido atacado, estava ferido, desgastado. Nesse tempo que teve de crescer sem ter vontade, mas porque teve de ser, perdeu tudo aquilo que tinha.

Hoje, se perguntarem pelo barquinho de papel, ele está frágil, triste, perdido.
E o rio? Não foi solidário para com o barquinho de papel...
O barquinho de papel perdeu-se naquele rio negro... Ainda hoje está perdido, recordando os momentos passados, recordando aquele alguém que o ajudou, mas que depois o abandonou, derramando lágrimas de sofrimento...
Pobre barquinho de papel...
Será que ele vai conseguir alcançar o seu destino final?

14 de outubro de 2010

Némesis - Capitulo 1

Era noite. Naquela aldeia do norte, nada se mexia. Tudo estava em silêncio. Apenas se ouvia o pacato som das cigarras a cantarem ao céu estrelado. À volta desta aldeia, nada havia em redor, apenas floresta, e assim permanecia até aos próximos 8 km. A Lua estava cheia naquela noite, se bem que, naquele céu de Inverno, como seria de esperar, nuvens começavam a encher o céu. Aproximava-se uma tempestade.
Do nada, até as cigarras se calaram. Tudo se tinha calado. Não se ouvia um único som. Naquele momento, aquele local parecia as Trevas no seu estado mais avançado… Silêncio e escuridão.
No céu, os trovões começaram a trovejar. Algo estava para acontecer.
Entretanto, naquela noite, nem todos dormiam, pois havia uma pessoa que ainda não tinha cedido ao sono. Esta preferira ficar acordada para que, quando chegasse, ela pudesse estar preparada para o receber.
Estava assim, Némesis deitada, aguardando pacientemente pela chegada de algo… Desde que fora mandada para ali, que nunca conseguira pregar olho, pois o receio que ela tinha de que algo se erguesse, e por sua culpa, era enorme…
Tinha começado a chover. Chovia forte, naquela noite. Némesis levantou-se. Cabelos castanhos, bem constituída, apesar de tudo era muito branca… Ou então estava só pálida, com todas aquelas preocupações… Já não via a luz do sol à vários dias, pois o céu cobria-se de nuvens negras, dando lugar depois a uma noite fria e escura, limpando o céu para que a Lua pudesse brilhar. No entanto, este último dia foi diferente… O sol aparecera tímido, e o céu foi ficando livre para este brilhar. Ela não tinha saído da sua casa de madeira nesse dia, tinha mais em que pensar do que apanhar banhos de sol. Continuando, Némesis tinha 1,73 cm, sendo possuidora de grande agilidade.
Lá fora, relâmpagos e trovões iluminavam o céu sombrio. Foi até á porta. Saiu.
Imediatamente ficou encharcada, de cabeça aos pés, tal era a intensidade da chuva. Némesis atravessou a aldeia, e desvaneceu-se na floresta, deixando-a para trás.
Entretanto, na aldeia, relâmpagos desciam dos céus, embatendo violentamente no chão. Uma aura azulada tinha aparecido lá, no sitio exacto do arrebentamento dos relâmpagos, bem lá no meio. Começava-se a formar uma figura, um humano, ou pelo menos, uma coisa com forma humana...
Némesis tinha acabado por adormecer encostada a uma árvore, regada pelas grossas gotas de água, provenientes da chuva que caía naquela noite, e que insistia em não dar tréguas, em não cessar.
Na manhã seguinte, esta acorda sobressaltada, o coração batia velozmente... Tentou levantar-se, mas depressa se apercebeu que não era capaz, pois levantar-se provocou-lhe grandes tonturas. Respirou fundo e levantou-se devagar. Tentou regressar á aldeia. Enquanto o fazia, apanhou alguns frutos para ganhar forças, tendo em conta o seu estado. Chegou ao seu destino.
A aldeia estava diferente. Silenciosa, o que não era bom sinal. Parecia que a Morte tinha ali passado e varrido quaisquer sinais de vida. Némesis achou estranho. Bateu uma porta; Sem resposta. Bateu a outra, e outra, e outra. Ninguém...
"Terão abandonado a aldeia?" - pensava Némesis, já um tanto inquieta.
Continuou a explorar a aldeia, e descobriu uma porta entreaberta. Entrou.
Tentou gritar, mas não foi capaz. Ficou como que petrificada. No chão, jazia uma família de cinco pessoas mortas, num enorme banho de sangue. Némesis saiu, em choque, e começou a abrir portas de casas. O mesmo cenário repetia-se em todos os lados... Um assassinato em massa.
Aterrorizada e completamente desorientada, tentou procurar a sua casa. Encontrou-a, com a porta completamente destruída.
Entrou. Na parede, mesmo á sua frente, estava cravada uma adaga, e escrito a sangue:

"Vou encontrar-te!"

5 de outubro de 2010

Pensamentos Aleatórios

Hoje, mais uma vez, sem nada de mais para fazer, pus-me novamente a pensar... Em tudo o que podia ser e não sou, em tudo aquilo que fui e não sou, em tantas coisas que mudaram e que, agora que penso nisso, mudaram por nada, e para pior...
Agora já é tarde para regressar ao inicio, agora já é tarde para mudar outra vez, pois a primeira mudança já se cravou bem fundo na minha carne...
Hoje pergunto-me várias vezes por mim mesmo, "onde andará aquela alma perdida...", e ainda assim não encontro resposta, aliás, não encontro a minha própria alma...
Penso que ela partiu, para sempre, ou até um dia eu ser merecedor dela de novo, merecedor dela uma vez mais, talvez a última. Mas... E se não voltar? E se a minha pobre alma não volta mais?
Bem, passemos então á frente. Já vi que não vale a pena procurar esta alma. Mas, então e se esquecer? Se esquecer o motivo da minha mudança, pode ser que esta volte! Pode ser que, em todo o caso, a minha alma regresse, e me traga alegrias, sorrisos, e até cor á minha vida!
Beeeem, é melhor continuar a sonhar, isso não vai acontecer... Quer dizer, a parte de esquecer o motivo da minha mudança, pode ser que seja possível, aliás, já estive bem mais longe!
Eh eh, eu para aqui a escrever coisas sem jeito nenhum. Afinal, o que sou eu? Que opiniões terão sobre mim?
Sinceramente, hoje fui surpreendido... Uma pessoa descreveu-me ao pormenor. Confesso que fiquei um pouco surpreso com o que tinha acabado de entrar pelo meu cérebro a dentro. A minha resposta, foi apenas um "desculpa...". Para dizer a verdade, nem sei bem o "porquê" desse pedido de desculpas... Se calhar, foi porque alguém me descreveu assim tão bem, dando-me a conhecer um pedaço de mim que, embora já conhecesse, abriu em mim uma nova porta, uma porta para deitar tudo o que não interessasse fora, p+ara deitar fora todas as recordações que me atormentam diariamente, constantemente.
Porém, sinto que o meu "eu" actual não irá desaparecer... Acho que mesmo com as recordações apagadas, não voltarei a ser o mesmo que era antigamente...
Quem me dera poder provocar uma amnésia a mim mesmo, mas só de certas e determinadas coisas. Assim também podia esquecer o meu "eu" de hoje, e voltar ao meu "eu" de ontem. Siiiim, era tão bom poder fazer isso mesmo... Ficava praticamente feliz da vida... E acabo de me lembrar de outra memória que me martela o juízo e não me deixa em paz... Pergunto-me se o que queria mesmo era ter a capacidade de esquecer o que quisesse, ou poder fazer o tempo voltar atrás, apagando, como é óbvio, as memórias guardadas até então dentro de mim... Porque senão não valia a pena voltar a trás, se era para reviver tudo outra vez,  e lembrar-me das coisas duas vezes, se já é demasiado mau lembrar-me disso uma vez, duas vezes então... Acho que acabaria por enlouquecer, e muito brevemente, se tal sucedesse...
Então, sendo assim, e a jogar pelo seguro, acho que preferia esquecer...
Pois, porque da maneira como eu sou, duvido que haja algo de bom na minha pessoa, sinceramente, acho que não, logo, podia mudar á vontade que voltaria a ser a mesma criança que era antes, e ser uma que não tivesse sido obrigada a crescer de repente, por acontecerem certas e determinadas coisas na vida dela...
Óh bem, é tão engraçado sonhar... Porque nada disto vai acontecer. Entretanto, tenho de procurar a minha alma... Onde raios é que ela está?
Viste-a?
Se a virem por aí, digam-me alguma coisa, já estou há... uns... bons meses á procura dela.
Entretanto irei continuar vazio e frio, como me tornei com a perda dela.
Despeço-me então, por agora. Pode ser que da próxima vez, a minha alma tenha decidido voltar para mim (duvido... não, espera lá, sempre posso sonhar que ela vem eh eh... Mas depois acordo e descubro que não a tenho... Isso é muito chato, afinal, também não quero sonhar com isso!)
Como ia a dizer, até breve ^^

29 de setembro de 2010

Sem Nome

Anjo sou eu,
Anjo sem coração...
Mas a mim a vida me deu,
Uma bênção...

Luz iluminou-me...
Porquê? Não sei...
A tua alma despertou-me...
E para a vida despertei...

Apareces-te na minha vida,
No momento em que mais precisava...
Tocaste na minha alma ferida,
Numa alma mal amada...

Olhei-te nos olhos,
Naquela noite estrelada.
Vi a tua inocência,
A minha alma estava encantada

Fecho os olhos e penso então,
Nas tuas palavras, conselhos...
Porem, ainda dói,
No vazio do meu coração...

Mas...
Hoje sou um pouco mais feliz...
Porque te encontrei...

Mas também...
Já te adoro pois,
Graças a ti, me ergui!

Porém, há algo que deves saber...
Sou anjo sem coração...
Mas quando te sentires perdida,
Serei o teu Anjo da Salvação.

GMDT

9 de setembro de 2010

Apenas algo

Porque será que por mais que tente, chego ao fim e falho?
Porque será que por mais que dê de mim, há sempre algo que me faz voltar atrás, dizendo, ou mostrando de alguma maneira, que nunca vou conseguir servir o meu propósito, alcançar o meu objectivo...
Porque será que por mais que queira ver os meus próximos bem, acabo sempre por magoar de alguma maneira, magoando-me a mim por tal acção?
Tantas perguntas passam por mim agora, no entanto, a resposta é sempre a mesma, constante e desagradável...
Às vezes penso se não será melhor isolar-me do mundo... Ao menos não faço ninguém sofrer, ao menos eu não sofro por fazer os outros sofrer...E tudo fica bem... Para eles, para mim, para tudo e todos...
Que propósito terá tudo isto? Haverá algum propósito para que por mais que me esforce por algo, tenha sempre de cair? E de não me conseguir levantar, devido às feridas que se manifestam na minha pele?
Por mais que me esforce por estar tudo bem, por manter tudo bem, para não estragar nada, dia menos dia é completamente arrasado, caio, derrotado, mais uma vez...
Porquê... Quem me dera ter uma resposta... Uma luz que me conseguisse guiar por outro caminho, tirar-me das trevas em que permanentemente vivo...
E depois quando acontece algo, que mesmo por não ter culpa de nada, tenho de ser eu a suportar o que vier depois? As consequências de actos que outros efectuaram?
Questiono-me se, no futuro, do pouco que tenho desaparece...
E se desaparecer, o que vou fazer depois? Porque teima a vida em fazer-me isto... Eu não pediu nada a ninguém para merecer isto... Porquê...
Sinto que a cada dia que passa um pouco mais de mim desaparece...
Quem me dera puder desligar-me, e acordar apenas quando o Inverno da minha alma desaparecesse... Mas isso além de não ser possível, este Inverno nunca vai desaparecer... Porque... Porque há-de sempre de faltar algo... E por mais que procure, e até mesmo que encontre o que me vai sempre faltar, as forças vão-me faltar, no momento em que estou quase a alcançar o tão desejado objectivo dessa procura... E cair, de novo por terra...
E depois... Valerá a pena tornar-me a erguer? Mesmo sabendo que, estas feridas estão cada vez mais abertas, que se cravam cada vez mais fundo no meu peito? Mesmo sabendo que... Me vou erguer para falhar outra vez?
Só queria uma vida menos complicada, longe de tantos problemas, ou então, longe de problemas maiores, que me ocupam o pensamento, longe de tudo e todos...
É pedir muito... um pouco de paz? Será pedir muito, ter um pouco de felicidade, para variar? Nem que sejam uns escassos segundos?

6 de setembro de 2010

Menina Linda dos Olhos Verdes +.+

Bem, para começar, queria dizer aos leitores que este texto é dedicado á Menina Linda Dos Olhos Verdes, como refere o título do mesmo.

Bem, confesso que não sei bem o que dizer... Mas vou tentar dizer algo no mínimo com algum sentido. Bem, a menina dos olhos verdes, para mim, é muito fixe... Esperem, isto não está nem perto de ser minimamente decente, quanto mais com algum sentido...

Vou recomeçar...

Tudo começou com um... "Eu amo você!!"
Sim, é estupido, mas é verdade... Isto de roubar os telemóveis aos amigos e interromper conversas alheias á minha pessoa, não é muito saudável, mas neste caso foi, bastante saudável até!
Até que foi engraçado, porque depois o pobre rapaz ficou sem telemóvel uns largos minutos, mas valeu a pena. Continuando, a partir daí, o processo de conhecer esta menina LINDA dos olhos verdes. Bem, lá fui eu, a chegar a casa, um tanto ansioso por ir ao computador, para procurar a menina dos olhos verdes. Bem, ela só me disse que tinha olhos verdes uns dias depois de nos conhecermos!

Então, numa noite de conversetas, fomos passear.

Como é óbvio, fiquei com cara de parvo a olhar para os lindos olhos verdes desta menina!
Ficamos um bom bocado sentados a falar, até que aquela monotonia toda nos fez levantar o cu da cadeira e pormos a mexer para outro lado!

Bem, foi engraçado, porque as maluqueiras da menina linda dos olhos verdes levou-nos a um sitio que gostei imenso, sinceramente, não conhecia, e fiquei encantado com aquilo...
Depois, competição de garrafas voadoras, e tentar escutar o "PLOC" de quando elas aterravam uns quantos metros abaixo, e á frente :P

Bem, confesso que nunca esperei encontrar uma menina assim, fixe, que tem paciência para me aturar (bem, confesso que também há muita gente que me atura, mas... enfim XD), com olhos verdes *.* (sim, porque eu adoro olhos verdes nas meninas), assim baixinha, e que guarda o telemóvel no bolso de trás das calças! (Inda bem, porque senão, algo ia correr mal xD)

Bem, digamos que GOSTO MUITO DE TI, menina linda dos olhos verdes!
(Algo me fez lembrar uma gatinha agora, não sei bem porque...)

Bem, sabes, um dia, talvez não muito distante, alcançarás o estatuto de Minha Melhor Amiga! Fazes-me bem, é sempre bom falar contigo, pois Já à muito tempo que não sabia o que era ter uma amiga assim!!

Ainda não me esqueci, sessão fotográfica!

Menina Linda Dos Olhos Verdes!!! GMDT ^^ :'D

23 de agosto de 2010

Fly e Santy 3º Parte

Fly estava deitada sobre o colo de Santy, esta estava a relembrar como tinha sido tão infeliz durante a sua vida toda, e como tudo tinha mudado apenas à seis meses... Ela estava ali, naquele jardim único, de baixo daquela árvore, com as suas folhas a penderem para baixo, a formar uma espécie de cúpula, saboreando o momento. As suas mãos deslizavam pelo corpo de Santy, enquanto sentia os lábios dele a tocarem nos seus, enquanto sentia um enorme calor a crescer dentro de si, a libertar-se de dentro do seu peito...
Enquanto se beijavam, Fly ainda estava a pensar na palavra que Santy proferiu antes de a beijar... "Amo-te", dissera Santy... "Ele disse que me amava..." pensara Fly. Esta, não se contendo, sentou-se, virou-se para ele, e beijou-lhe os lábios, abraçando-o com tanta força que cada um deles era capaz de sentir cada declive do corpo um do outro, cada movimento, cada gesto...
Santy, por sua vez, pensava exactamente o mesmo... á medida que se foram conhecendo, este criou um laço tão forte com Fly, que acabou por se apaixonar por Fly. Ele via-a como a chegada de um anjo, como a sua Deusa que há tanto procurava... Encontrou-a, finalmente...
Então, Santy moveu a sua mão para o interior da camisola de Fly.
-Espera, aqui não... - disse Fly, com um brilho nos olhos. Tinha finalmente encontrado o seu amor verdadeiro. - Vamos para outro sitio...
Olharam os dois em volta. Na realidade, naquele jardim não haviam casas, nem qualquer outro lugar para morar. Quem chegasse ao jardim, podia dormir onde quisesse, pois aquele jardim era mágico para que o conseguia ver, e então, para essas almas que vissem o jardim, não precisavam de casas para morar. o jardim era a casa deles. a capela que havia lá no meio. Estava abandonada, mas não dava ideia de ter qualquer relação com alguma religião... Quem criou aquele jardim, devia querer que aquilo ficasse ali, no centro do jardim, para que todas as almas que lá entrassem, pudessem observar tão ilustre obra.
Fly e Santy conduziram-se mutuamente até á capela. Por fora, esta tinha um telhado em forma de meio círculo, com uma espécie de tonalidade dourada. As paredes, eram brancas, com os rebordos das janelas acastanhados, sendo esta tonalidade clara. Entraram. A capela, por dentro, parecia de outro mundo... As paredes em redor deles, na ala principal, eram de um branco baço, e no tecto, estavam desenhadas estrelas e luas, astros em geral, no dourado da cúpula interior. O chão, tinha um mosaico azul claro, com espécies de desenhos, criados apenas com linhas de outras cores, como branco e preto. No centro da parede oposta á porta, estava uma estátua, negra, por causa de tanto tempo ali prevalecer. Nessa estátua, estava representado um ser, de uma só asa. Esta capela tinha outras duas divisões. Eles dirigiram-se para o quarto.
Entraram. Aquela divisão era simples. Uma cama grande, uma cómoda, um cadeirão ao pé da cama, do lado esquerdo da mesma. Este quarto, tinha uma janela, que dava para o exterior, coberta por umas cortinas vermelhas que deixavam transparecer parte da luz que recebiam.
Santy deixou cair Fly em cima da cama. Depois desta acção, Santy baixou-se e beijou-lhe os lábios suavemente. Ambos queriam aquilo, pois já á muito tempo que andavam a renegar tal sentimento…
Fly estava finalmente a ver o seu desejo quase realizado… Sentir-se amada verdadeiramente… Estar ali, com Santy, era absolutamente tudo o que ela cria…
Entretanto, Santy percorria o corpo de Fly com as suas mãos, estas, deslizavam pelas costas de Fly, provocando-lhe arrepios que faziam com que ela se agarrasse mais a ele.
– Faz-me feliz… - dissera Fly.
Então, Fly tirou-lhe a camisola que lhe cobria o tronco, continuando a beijar Santy. A respiração de Fly já estava ofegante, tal era a vontade e o prazer usufruído por todas aquelas sensações.
Santy continuava a percorrer o corpo de Fly, mas desta vez este atrevera-se um pouco mais. As suas mãos navegavam pelas ondas do corpo dela, chegando-lhe a tocar de passagem pelos seios, o que fez com que esta se contorcesse um pouco. Este, tinha-lhe abandonado os lábios, beijava-lhe então o pescoço, dando-lhe mordidelas pequenas de vez em quando. As suas mãos insistiam em não sair dali, então, Santy despira-lhe a camisola. Fly puxou Santy e beijou-o….



Ambos dormiam nos braços um do outro. Tinham um rosto feliz, um ar sonhador…
De repente, acordaram. Havia algo naquele sítio que os chamava, não pelo nome, ou por qualquer som. De outra forma, como se fosse um pensamento que os chamasse.
Então, depois de se vestirem, saíram do quarto. Foram ter á ala principal. Lá, a estátua do anjo de uma só asa brilhava, emitia por toda ela uma luz branca, pura.
– Fly, o que é aquilo? – Questionara-se Santy, confuso.
– Não sei… Nunca tínhamos visto nada parecido durante todo o tempo que cá estamos…
Ambos olharam fixamente para a estátua, esta parecia pronta a dizer-lhes algo. Até que…
– Venham, a vossa hora chegou, é tempo de descansarem em paz, abandonem este jardim, partam para o descanso eterno, descansai em paz…
Fly e Santy não tinham noção do que estava a acontecer. Deram as mãos, e tocaram na estátua. No momento seguinte, ambos se desfizeram em luz, desaparecendo algures no vasto céu azul…



Lá fora, estava uma tarde soalheira… Duas famílias, amigos e curiosos encontravam-se perante uma capela, prontos para entrarem, inundados em lágrimas…
Entretanto, um padre dá ordem para entrarem…
Esta capela, era composta por três divisões. Uma ala principal, onde ao fundo desta se encontrava um anjo de uma só asa, que parecia feito de luz. E mais duas divisões. Um quarto, simples, apenas com uma cama, uma cómoda, um cadeirão grande. E outro quarto, simples, apenas com duas lápides.
Uma delas dizia:

“A Santy, um rapaz que não merecia que a vida lhe fosse tirada tão novo…”

A outra, dizia:

“A Fly, que sempre teve esperança de, um dia, encontrar a felicidade… Espero que, agora, a tenhas encontrado…”

Então, famílias, amigos e curiosos, prestaram uma última homenagem a Fly e Santy, deixando flores nas lápides dos dois. O padre, tinha acabado de abençoar Fly e Santy. Já não havia mais nada a fazer ali. Então, toda aquela gente saiu dali, da capela, daquele jardim, do cemitério. As portas da capela tinham sido fechadas.
No entanto, aquela capela não tinha ficado abandonada…
Um anjo, de uma só asa, totalmente branco, quase de luz, se não era mesmo de luz, deixara cair uma lágrima… Negra...

Fim

12 de agosto de 2010

Obrigado...

São 4 da manhã. Não sei bem o que dizer... Estou em frente desta página, pronto para escrever... algo... Não sei... Sinto... Felicidade... Sinto... forças que tinham desaparecido a reaparecerem de novo... Uma lágrima escorre-me pelo canto do olho... Tanta partilha, tantos sentimentos trocados, mas no fim, tanta alegria junta... A ti escrevo... Não sei... Pois algo me dizia que nunca iria deixar de te amar, de te adorar, de te venerar... por tudo o que aconteceu e que viria a acontecer... Bem, estou mesmo feliz... sinto-me como renascido, de facto... Sinto que me estou a erguer, que a queda que tinha dado apenas era um contratempo, apenas uma pedra no meu caminho que me fez tropeçar, e cair... Mas agora já não quero cair mais, não vou, agora que sei... Ajudaste-me tanto, mesmo não sabendo que...

Foste quem foi mais importante para mim, ÉS e CONTINUARÁS a se-lo... A vida dá tantas voltas... Não sei, apenas posso dizer que fiquei feliz, porque partilhei TUDO contigo, sem saber... Mas, afinal de contas... Não foi melhor?
Sim, penso que sim... Pois há muito tempo que não falava de ti a ninguém... E quem melhor que TU para falar de TI?

"Eu quero..."

... Quero que tanta coisa volte, quero que tu voltes, quero tanto, tanto... Quero voltar a sentir isto, quero voltar a sentir que estás aí, quero voltar a ter o mesmo rosto alegre que tinha antes, aquele que TU me deste...

Por mais que tentasse, não... não consegui esquecer alguém como tu... Apenas me recordo de TUDO o que passamos, brincadeiras, sentimentos, risos e alegrias...

"Eu quero..."

... Quero tudo isso de volta... quero-te a ti, que me mostraste como algo pode ser tão belo... Como apenas palavras se transformam em algo fenomenal, algo que... Pura e simplesmente, Nasce e não morre...

Encontro-me perante as tuas palavras, e analiso tudo outra vez... Como não percebi? Era óbvio! Talvez porque pensava demasiado em ti, fui incapaz de associar tais palavras... Agora que analiso tudo de novo, és tu, deste-te a reconhecer, sob outra forma...

Apenas te agradeço, porque... Não sei bem... Mas sinto que tenho de o fazer...

Então, fechando assim este post, é isto que eu tenho a dizer:

Adoro-te...
E obrigado...
Leonor...

(Existirás sempre!)

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5 de agosto de 2010

Palavras Passadas...

Caros leitores:
Este texto não é novo. Já foi publicado neste blog, tendo sido retirado. Porém, da última vez que o li, fiz-lhe breves alterações.
(Relembro que foi escrito há muito tempo, daí o nome que atribuí ao texto)
Espero que gostem

Um dia encontrei lguém...
Encontrei-te a ti.
Um dia ganhei também...
A tua amizade por mim...

Quando te conheci,
Não te quis mais largar...
Agora que te perdi,
A tua amizade, quero reconquistar.

É verdade, eu errei...
Não tinha o direito, bem sei...
Peço-te de bem do fundo,
Que me perdou-es, amor profundo...

Hoje, vivo em sofrimento,
Sentindo esta constante dor...
Pesa-me este sentimento,
Porque vivo sem o teu amor...

O teu perdão eu imploro,
A ti, Leonor...
Todos os dias eu choro,
Enquanto em ti penso, meu amor...

Anseio pelo teu perdão...
És a minha razão de viver...
Sinto mágoa no coração...
Com este medo de te perder...

Um dia perdi alguém...
Perdi-te a ti...
Minha alma perdi também,
Fugiu para longe de mim...

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1 de agosto de 2010

Fly e Santy - Parte 2

Tudo parecia perfeito. Fly, a garota dos cabelos ruivos, tinha finalmente saído da estrada, ficando então a morar naquele jardim...

Este jardim, era um pouco diferente dos outros. Diferente, mas especial... Era muito verde, tinha muitas árvores, relva, tinha felicidade e alegria. Não havia guerras, problemas, era um sitio perfeito. Bem, depois de ter percorrido aquela estrada sombria, Fly encontrara o verdadeiro paraíso, a verdadeira paz... No entanto, faltava algo... Este jardim, tinha muitas construções em mármore branco, mas também em granito, e ouros materiais. Porém, não era visível para todas as pessoas... Estas construções, apenas eram visíveis para pessoas que ainda não tinham encontrado a paz. No caso de Fly, esta vê o verdadeiro jardim.

Aos olhos dela, este jardim era belo, perfeito, tinha tudo de bom, árvores belas, relva macia, outras almas para conversar e conhecer...
Basicamente, este era o sitio para onde os jovens com sonhos quase apagados encontravam... Era o inimaginável tornado realidade...

Como no inicio da história, um rapaz de nome Santy, aproximara-se de Fly para lhe falar, muito nervoso e receoso..

Este rapaz também percorrera a estrada negra onde Fly passava tanto tempo... Sofria muito antes de encontrar a estrada... Os pais, estavam constantemente a discutir, tinha uma amiga, quase como uma irmã, que morreu num acidente, então estava só e triste, quando encontrou a estrada negra...
Porém, ao encontrar Fly, a vida desta alma (não é correcto usar o termo vida neste caso) mudou. Sentia-se feliz, estava tão bem...

Os dois percorriam o jardim, em busca de uma distracção.

Vamos sentar-nos ali, por baixo daquela árvore! - disse Fly.
Os dois lá foram. Santy encostou-se à árvore. Esta, era um chorão. As suas folhas pendiam para baixo, criando uma espécie de cúpula no seu interior. Fly, pousou a sua cabeça no colo de Santy. Este, apanhado um pouco de surpresa, não sabia bem o que fazer. Embora já se conhecessem à seis meses, e serem os melhores amigos, de facto ele não sabia mesmo o que fazer...

- Acaricias-me a face, Santy? - pediu Fly com um grande sorriso.
- Bem, hãn... Sim, claro... - respondeu o rapaz, um pouco atrapalhado. Nunca antes lhe tinham feito tal pedido.

Santy pousou a sua mão na face macia de Fly, esta tinha os olhos fechados, estava a saborear o momento, estava a guarda-lo para sempre dentro de si.
Entretanto, Santy olhava para ela, para a sua inocência, ele estava tão bem, ali a vela, sentir-se de certa forma protector, por tela ali, no seu colo...

- Fly, nunca me disseste porque decidiste esperar por mim... Sabes, naquele dia em que nos conhecemos...

- Sabes, eu própria não sei porque... Apenas precisava de alguem assim como tu... Ainda bem que me seguiste! - Fly sorria mais do que nunca. - Então e tu, porque resolveste perseguir uma rapariga indefesa? - Sorria cada vez mais.

- Bem, tu és tão linda... - Santy corava, não passando despercebido a Fly, que escolhera aquele momento para abrir os olhos. - Sabes, o meu caminho era solitário, não havia ninguém por perto... Até que de repente apareceste na minha frente, e então eu decidi ir ter contigo, pois era a única maneira de sair da solidão... E depois tu entraste neste jardim, que eu nunca tinha visto...
Os olhos de Santy brilhavam.

Fly olhava de vez em quando para ele, abria os seus olhos de tempos a tempos. Ela estava feliz. Realmente, o que seria dela se por acaso não tivesse aparecido um rapaz a segui-la? Continuaria na estrada negra, muito provavelmente.
Assim como Santy... Se nunca tivesse avistado Fly, ainda agora estava lá, na estrada negra.

Santy continuava a olha-la. Este não tirava os olhos da face de Fly, e transmitia todo o seu carinho e amor para a face dela, através das suas constantes caricias... Entretanto, tinha-se instalado um silêncio entre ambos, ficando apenas osom dos passaros, da brisa suave, e das folhas do chorão a cantarem com o passar dessa mesma da brisa.

- Adoro-te tanto... - disse Fly, interrompendo por fim aquele silêncio entre os dois.
- Também te adoro muito, querida Fly... -Respondeu assim Santy, sentindo numa fracção de segundos o coração a querer saltar para fora do seu peito. Santy sabia o que aquilo queria dizer... Ele apaixonara-se por Fly com o passar do tempo... Mas nunca conseguira dizer nada, pois tinha receio de estragar tão preciosa amizade...
- Santy, posso pedir-te uma coisa? Por favor?
- Tudo o que quiseres querida Fly...
- Beija-me... Por favor...

Santy não precisou que ela repetisse. Parecia um sonho, um sonho tornado realidade... Então, ainda com a sua mão na face de Fly, Santy olhou-a nos olhos. Proferiu apenas uma palavra:

- Amo-te.
Beijou-a.


Fim da 2º Parte

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Caros leitores:

Como escolhido pela votação feita para o final da história "Fly e Santy", o final escolhido será o deixado pelo meu irmão D'Armas Eriit:

" Concordo com o Ivan, pensam demasiado, mas não concordo com a cena do meteoro, é demasiado abrupto, =D . Talvez pudesses fazer uma história menos espectacular (Até porque, para espectacular, tens a história conjunta XD), assim mais calma, como até falas de almas, eles podem estar num sitio calmo, no seu último local de descanso... eu acho que uma descrição simples da vida deles em conjunto seria o suficiente, projectos mais espalhafatosos podem vir mais tarde...

Sinceramente, a vozinha que ouves quando lês coisas"

Tal história será composta por diversas partes (sinceramente, ainda não pensei em quantas). Quando a próxima parte estiver pronta, posta-la-ei.

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8 de julho de 2010

Fly e Santy

Era uma vez uma alma... Uma alma, só e triste, passeava no meio da estrada de alcatrão negro. Quem a visse por fora, diria que esta rapariga de ar inocente estava feliz... mas não... a sua alma estava triste, receosa de ficar assim só para sempre... De repente, a alma apercebe-se que está a ser seguida. Então, esta alma chamava-se Fly. Fly porque tinha sonhos de que um dia pudesse voar, como os pássaros, como o vento. Continuando, esta alma pouco fez para despistar a outra presença. Estava curiosa, a Fly. Esta, tinha cabelos compridos, ruivos, lisos. A sua pele tinha um tom médio de cor, que lhe assentava muito bem. Era de estatura média, pouco mais de 1,65 metros de altura.


Entretanto, Fly estava a divertir-se com a perseguição. Estava a arder de curiosidade. Queria descobrir quem a estava a seguir... Resolveu então parar num jardim que por acaso ali se encontrava, na berma da estrada. Sentou-se num banco ali perto. Depois, limitou-se a esperar, e a observar tudo o que a rodeava. Até que viu quem a estava a seguir. Era um rapaz jovem, como ela, tinha cabelos negros, media mais ou menos o mesmo que ela. Olhos castanhos que ganhavam uma certa tonalidade quando reflectiam a luz brilhante do sol.

Fly tentou manter um ar inocente, o que estava a ser difícil, dado á ansiedade. Observava o rapaz. Este, tentava olhar discretamente para ela, mas de facto estava muito atrapalhado, e nervoso, notava-se no andar dele.

O rapaz, decidiu então ir ter com ela.
-Olá - disse o rapaz atrapalhado.
-Oi! - Respondeu Fly com um grande sorriso.
-Eu... hum... eu... hãn... Chamo-me, huh, chamo-me Santy. Queres... hum... sei lá, falar um bocadinho ou assim?
Fly estava a sorrir. Era óbvio o nervosismo do rapaz, mas, esta não recusou o convite deste... Havia muito que estava só...
-Porque não? Chamo-me Fly.

Esta pequena cena passou-se e daí a seis meses, eram os melhores amigos.
Partilhavam tudo um com o outro, eram inseparáveis. Uma amizade forte, que aparentemente resistia a tudo e todos.
-Fly, gosto muito de ti - disse então Santy.
-Eu também! - Respondeu-lhe Fly com um largo sorriso.
Na verdade, se Santy não tivesse aparecido na sua vida, esta tinha continuado triste, fechada, e tinha continuado naquela estrada escura de alcatrão negro... A partir do dia em que se conheceram, tudo foi melhor, e ambos estavam verdadeiramente felizes.
Fly nunca tinha imaginado ninguém como Sabty. Era um rapaz simpático, que gostava de ser livre, tal como ela. Para além disso, quando estava com ela ele era bastante querido...

Até que....
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Caros leitores, Em vossa opinião, como acham que deve acabar a história de Fly e Santy? Deixei as vossas opiniões, aceita-las-ei até dia 16/07/2010. Ficarei á espera das vossas opiniões, e dos vossos desfechos. Depois de as deixarem (ficarei á espera) Será feita uma votação com as vossas opiniões para o desfecho da história.

Ficarei á espera!

26 de junho de 2010

Capitulo V - Desorientações

Eu e Lilyth estávamos já no mar há já alguns dias. Encontrávamo-nos no meio de uma tempestade, a maior que eu já vira. Chovia muito, o mar estava agitado, ameaçando virar o barco, e este era bem grande. O céu enchia-se de luz e barulho, tão fortes eram os relâmpagos e trovões. Parecia o início do fim...
- Aguenta-te, pior não pode vir! - dissera eu.
- É uma pena ainda não saber teleportar-me! - dissera Lilyth.
- Mas mesmo que soubesses, não sabíamos para onde ir! Nunca lá estivemos antes!
- Tens razão! Foda-se! Temos de sair desta tempestade. Verifica a bússola. A Ilha fica para norte, temos de seguir para lá!
E eu assim fiz. Seguimos para norte, o mar não dava tréguas, este não queria ceder à nossa passagem. Ficamos nisto durante dois dias. Não dormimos, não descansamos, não comemos. Até que...
- Finalmente! Fogo pá, olha para isto! Conseguimos esquivar-nos á estúpida tempestade, mas a porcaria do barco está um caco, assim não iremos longe! Homens, toca a descansar enquanto o mar está calmo! Porque depois, temos de tratar de remendar este pedaço de madeira flutuante! Lilyth, anda, vamos descansar...
E lá fomos. Dormimos juntos, tal como todas as noites fazíamos. Quando despertamos, era de noite. Esta estava calma Ouvia-se apenas o silêncio da noite, e a calmaria do mar. Verifiquei o mapa. Estávamos a ir bem. Já tínhamos passado pela tempestade... Não devia faltar muito...
-Vai descansar, tu estás cansada.
-Não, quero ficar aqui contigo. Vai TU descansar que eu fico bem.
-Se não vais eu também não vou! - respondi eu.
Aproveitei para ir falar com o homem que estava ao leme.
-Falta muito para chegar?
-Não sei... Já se devia avistar a Ilha daqui... é estranho...
Continuamos a navegar durante outros dois dias. A Ilha devia estar perto. De repente, entrámos numa zona do oceano que parecia... mais profunda que o resto do oceano... muito mais... Era estranho.
-Lilyth, que achas disto?
-Parece... parece... que algo foi aqui engolido... Como se outrora houvesse aqui algo e que agora... desaparecera... mas não pode ser!
Espera lá... será que... mas... foi um sonho... eu sonhei que uma ilha ia ser... arrasada pelo mar, atacada por uma frota de navios ne... Mas tudo tinha sido um sonho! Será que... não, não pode ser! Não pode!
Agarrei a lente que tinha comigo. Em toda à volta só se via mar negro. Que será que aconteceu? Terá a Ilha sofrido um enorme ataque e sido dizimada ao ponto de se afundar no meio do mar? O sonho... só pode ter sido coincidência, eu não prevejo o futuro a dormir... Mas... se de facto a Ilha foi atacada e dizimada, haverá sobreviventes? E agora? Para onde ir? Norte, Sul, Este ou Oeste? Que rumo tomar? Decidi não revelar estas questões aos homens do barco... Não fossem eles tomar-me por louco e atirar-me á fúria do mar, para além disso, temo que fizessem o mesmo a Lilyth...
-Lilyth, vamos seguir em frente... Acho que estamos perdidos...

Não sabíamos para onde ir. Estávamos no meio do oceano, sem rumo, sem destino. Como aconteceu? Uma ilha não podia ser engolida do nada! Que eu saiba não se estalam dedos e puf! Ilha à vida! Bem, já nada me surpreende... Acho…
Tinha-mos visto há algumas horas atrás uma espécie de bola de água vinda do mar, não muito longe de nós. Curiosos, fomos até lá. (também não tínhamos nada melhor para fazer…) Chegámos à origem da bola. Parecia um cenário de guerra.
-Rohan, estão ali destroços... Parecem de navio naufragado... – dissera Lilyth.
-Tens razão, estão mesmo ali destroços... Poderão pertencer á frota da Ilha?
Que confusão! A minha namorada é uma espécie de feiticeira, a Ilha para a qual seguíamos, desaparece porque um inútil qualquer lembrou-se de estalar os dedos... Que falta acontecer mais...
-Olha, está ali um homem, um homem agarrado a um pedaço de madeira! - disse Lilyth exaltando-se.
-Aonde, aonde? Não vejo... Homens, tragam aquele homem para bordo!
Este homem, quando o resgatamos, estava agarrado a uma espada, e não a um tronco... Porém, este estava inconsciente. Como poderia estar agarrado á espada?
Era um homem jovem, tinha cabelos brancos. Bem, não é assim, tão esquisito... Verifiquei-lhe os olhos para ver se este estava vivo. Aparentemente, os olhos dele não estavam vidrados, sinal que, embora inconsciente, este estava vivo. Tinha olhos vermelhos. Porquê? Porquê eu? Porque tive que apanhar com todas as coisas esquisitas nesta inútil vida! Ao despir-lhe as vestes molhadas reparei que este tinha o braço esquerdo... como que envelhecido... Em seguida, deitámo-lo numa cama do navio.
-Lilyth trás a espada do homem para aqui. Lilyth?
Lilyth estava com um ar sonhador. Estava a fazer aparecer do nada bolas de fogo e a dá-las á espada, vendo-a a rejuvenescer lentamente por cada bola de fogo consumida.
-Lilyth que estás a fazer! Pára com isso!
-Mas ela gosta! Parece que está mais jovem! Ia jurar que já tinha uns anos valentes...
Boa, ainda mais coisas esquisitas! Só faltava a espada ter vida própria! Entretanto, o homem começou a mexer-se. De súbito, acordou sobressaltado, tentou levantar-se mas não foi capaz. Porém, teve forças suficientes para quase berrar estas palavras:
- Onde está Ifrii? - disse o homem de cabelos brancos e olhos vermelhos.
Mas... quem diabos é Ifrii?

18 de junho de 2010

Sonhos Interrompidos

Hoje olhei o céu... Estreles pairavam acima de mim...
Pequenos pontos brilhantes cintilavam muito longe...
Tornei a percorrer o céu, procurando algo mais que as estrelas... Procurava a Lua...
Porém, por mais que olhasse para cima, não a via de modo nenhum... Até que olhei em frente... E lá estava ela, grande, bri9lhante, tão brilhante... Quase que lhe conseguia tocar... Fui até ela... Foi então que pensei: "quem me dera que a nossa noite fosse assim..."
Regressei então de novo á Tera... E percebi onde era realmente o meu lugar... Uma vez mais, olhei ede novo para a tão brilhante Lua, e pedi: "Leva-me até ela".
Então, como por magia, comecei a levitar... Sentia-me tão leve...
Depois, de súbito, o meu corpo foi levado por uma brisa suave... Passei a grandes velocidades, sempre com a mesma brisa, por lugares lindos, paisagens, castelos, rios... Até que a vejo, a ela, e estico os meus braços para a alcançar... Ela estava tão perto, tão, tão perto...Até que pouso no chão e vou ao encontro dela... Aproximei-me, timido, devagar. E estico os braços para te abraçar. Porém, de repente, tudo á minha volta ficou negro... E acordo no meio dos lençois... Tudo não passara de mais um sonho...

Vou até á janela. A Lua está tão brilhante... Tão perto...

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25 de maio de 2010

Campo de batalha

Batalho... Todos os dias a batalha continua... tento ganhar, vencer esta batalha constante... Mas a história é sempre a mesma... Caio, vou ao chão, derrotado...
Levanto-me outra vez... tento erguer de novo a minha espada que me acompanha... vou novamente á luta, e caio uma e outra vez... Não consigo vencer... Porquê? Será pelo medo que tenho antes da batalha? Que me vai consumindo de cada vez que me ergo de novo? Não sei... Uma vez mais me ergo, uma vez mais estou pronto para o combate... Vou, avanço na frente de combate, confiante sigo para a vitória, ou para os portões da morte...
Parece que é desta vez, parece que é desta vez que consigo alcançar a vitória! Confiante, cada vez mais me encontro, procuro cada adversário após derrotar o anterior... O medo que sentia já desapareceu... Por enquanto...
Estou eu e a minha espada de uma mão e meia, no meio de sangue e corpos por todo o lado... Eu, encontro-me debilitado, cansado de tanto batalhar naquele campo de batalha imundo, cheio de almas a esvoaçar á minha volta, esperando estas de atravessar os portões da morte...
Então distraio-me da batalha, e reconheço uma alma no meio de milhares... Aquele rosto sem expressão, aqueles olhos vazios, brancos, vitrios... Cai-me então uma única lágrima... E olho para a minha espada empunhada, que neste momento estava em baixo, como a apontar para o chão, como a dizer-me que o meu lugar era nas chamas do inferno... E vejo: um fio de sangue espesso a escorregar pela lamina da minha espada brilhante... sigo a sua trajectória, de baixo para cima... o pomo da minha espada que em tempos fora brilhante, está agora vermelho escarlate... continuo a levantar o meu olhar... E vejo o meu braço direito inundado de sangue, as minha veias rebentadas... Mas, não sinto qualquer dor... Olho novamente para a alma que levitava perante mim, a cima de mim... Esta, desce ao meu nivel, e vem ao meu encontro... O medo apodera-se de mim uma vez mais, sinto o maior frio até então a gelarme as veias... o sangue que dantes escorria do meu braço estava agora congelado, a minha expressão estava amedrontada, não... não queria, ainda não era a minha hora, não!!!
Entretanto a alma continua a aproximar-se... Mas quem era aquela alma? O que queria ela de mim? Será que eu lhe despertara a atenção quando olhara para ela? Reconhecia-a de algum lado, isso é certo... E de repente, o medo apodera-se totalmente de mim... E vejo a alma a derramar lágrimas...
...não...
...pode...
...ser...
Esta chega-se mais ao pé de mim, fica frente a frente comigo... a face dela aproxima-se da minha...
Então, ela sussurra-me ao ouvido:
"Sou aquilo que desejaste que eu fosse... Agora, virás comigo... agora, ficarás preso aqui, na morte, para sempre..."
Depois, a alma procura os meus lábios e beija-me... de repente, falha-me uma batida, sinto falta de ar, cada vez estou mais frio, e depois as forças faltam-me... A alma sem expressão ficou a ver o meu sofrimento, triste...
Até que caio no chão... perco-me na sombra... Até que me sinto leve, muito leve, e sinto-me a voar... olho para baixo, e vejo um corpo no chão, no meio de tantos outros... e olho para trás, e os portões da morte chamam-me... Porém, quando estou para atravessa-los, estes fecham-se para mim, e a alma que me tinha ceifado a vida, olhou-me nos olhos, sem expressão, com o mesmo tom vítreo e vazio... E percebo... A minha última murada, não era no cemitério, ou no inferno, ou em qualquer outro lugar, mas sim naquele campo de batalha de sofrimento, dor constante, morte... e sobretudo, almas perdidas e desesperadas, para que os portões da morte se abram para elas...
Choro então, e percebo que afinal as almas também têm sentimentos... sentimentos de dor, negros, dolorosos...

Fico então preso ali... Para todo o sempre...

12 de maio de 2010

Reencontros...

"Um dia uma estrela deu a mão à minha alma, e a minha alma levou com ela o meu pensamento, prometeu mostrar lhes todo o Universo, levou os à Lua onde ficaram a deliciar se e a saltar suavemente... depois, já cansados adormeceram. Quando acordaram e olharam o espaço, a estrela tinha os abandonado lá... fiquei muito triste, senti me perdida e sozinha quando soube que eles tinham lá ficado e que não conseguiriam mais sair de lá... O meu coração começou a bater mais depressa e mais depressa até que o meu pensamento os ouviu, agora a minha alma e o meu pensamento comunicam com o meu coração apartir do seu pulsar... e quando por vezes pareço distante, é porque o meu coração está a palpitar, ansioso por resposta... e nada seria mais perfeito que ter de volta a minha alma... mas ainda não desisti, um dia construirei um foguetão e voltarei a sentir me completa e mortal, agora, basta me fechar os olhos e abrir o meu coração, e consigo assim ver mais claro que nunca a minha alma e pensamento bailando à minha espera na mais bela mas nem por isso distante lua..."

"Desta vez eu é que vou ajudar-te, ajudar-te-ei a construir o teu fuguetão e irei contigo para reaveres a tua alma, tal como o teu pensamento, para depois puderes finalmente regressar completa, mortal. depois, de novo te podes perder em pensamentos passados, recurdações passadas mas perfeitas..."

......
......
......

"Obrigada por me teres obrigado a abrir os olhos e a olhar o céu... és genial... Não preciso mais de construir um foguetão, arranjaste uma solução, deste me a mão e através da neblina levaste a minha sombra à lua, recuperei a minha alma e sinto me de novo preenchida, mas ainda imortal.... Nunca pensei que a solução estivesse na sombra e na névoa... No escuro e no desconhecido... Quebraste o meu medo, obrigada, nunca esquecerei a tua coragem e amizade..."

"Por vezes a solução que ansiamos por encontrar encontrasse no lugar onde nunca imaginamos encontra-la... Por vezes, ficamos surpriendidos com aquilo que conseguimos quando encontramos o que procuramos no lugar onde nunca pensamos ir... Prometi que te ajudava, apoiar-te-ei, estarei sempre a teu lado, pois também tu me ajudaste tanto... desteme o abraço que precisei quando mais precisava, quando estava no chão, caido, fraco perante todas as ameaças, cego por não ver a solução... Mas depois tu vieste, ajudaste-me a erguer-me de novo, deste me o abraço de que precisei, um abraço quente que me fez ver tudo com outros olhos... E assim olhei com outros olhos para a névoa e para a neblina, e vi algo belo, que decidi partilhar contigo, e mostrarte o caminho que por tanto ansiavas encontrar para te encontrares novamente... Tantas recordações que ficam desta terra linda, um dia, gustava de regressar, ao meu "porto seguro", pois em tudo lá é tão perfeito... penso em todas as recordações, todos os momentos, quero reviver tudo de novo, tornar a sentir todas as sensações que senti em Monsanto... A minha coragem, deve-se a ti, pois quando te vejo, no teu estado mais fraco, algo em mim faz com que te ajude a ergueres-te, talvez por te perceber, não sei, o que é certo é que dasme força para me erguer quando estou no chão... Tudo isto pode ser muito repetido, mas é aquilo que sinto... Continuarei a ajudarte em tudo, até que as minhas forças acabem..."

6 de maio de 2010

Morre...

Morre... Morre por me teres feito sofrer, morre por ter dedicado todo o meu tempo inteiramente a ti, morre por todos os sonhos que tive contigo, por tudo o brilho que me deste e que agora já não dás, como um espelho que ao longo do tempo vai ficando baço... Morre por me teres trocado, por me teres deixado por nada, e que depois para aumentares o meu sofrimento te fizeste de amiga novamente e que depois me apunhalas-te... outra vez... Morre, amor cego que por ti senti, morre dor moribunda que ainda vagueia na estrada amarga do meu coração, morre de uma vez, deixas-te já a tua marca... A linha entre o amor e o ódio é tão pequena... Como algo tão belo pode transformar-se em algo tão negro, deloroso, amargo, penoso, que faz sofrer tanto... Some-te, desaparece com o vento que passa á tardinha e que se perde mais tarde na noite gelada... Vai-te, sai do meu pensamento, sai do meu coração, sai de dentro de mim... Será que alguma vez cheguei a entrar no teu pensamento? Serão todas aquelas palavras simplesmente teatro? Simplesmente uma representação de algo que nunca existiu, mas que com isso crias-te uma ilusão? Perdido, é como me sinto... A cada dia que passa perco-me ainda mais... Morre de uma vez, sai de dentro de mim, preciso de me reencontrar... outra vez...
Morre....

28 de abril de 2010

Caminho, Recomeço, Ilusão, Perda... Passo a passo...

Ilumina-te...
Não desistas...
Passo a passo...
Encontra-o...

Corre, levantate, luta...
Pensa no que podes alcançar...
E percorre-o...


Mas é tão dificil, eu sei...
Mas este caminho percorrerás!
Apoiar-te-ei,
Quando ao fim chegares perceberás!


Mas como, por onde?
Tudo isto parece uma ilusão!
Mas porquê, porque não ficar aqui?

Só não quero cair outra vez...

Já estou farto,
Cansado de o percorrer!
Já caí, já me ergui,
Já recomecei uma e outra vez!


Não desistas!
Ergue-te!
Se vais ao chão,
Levanta-te!

Porque a vida é isso mesmo!
Cair e recomeçar!
Caminhar a cada passo,
Não desistir, continuar!

Então diz-me:
Que caminho hei-de percorrer?
Apago-me a cada dia que passa,
Já não encontro um sentido à vida...


Não!
Não podes desistir!
Luta, sente outra vez!
Encontra de novo o sentido da vida!

Mas, e se isto não acaba?
Já há mutivo que chegue par acabar!
E recomeçar do zero...
Sem guerras...


Vidas acabam por causa disto,
Dor aparece em todo o lado!
Já não há surrisos,
Apenas dor...


Isso, continua!
Procura a solução!
Ergue-te de novo!
Procura-a no teu coração!


Agora vejo, percebo...
Agora sinto, de novo...
Vou seguir esse caminho,
O caminho da salvação...

14 de abril de 2010

Noite

Dia presente...
Penso em dias passados...
Momentos vividos...
Contigo...

Noite passada...
Estou frente a frente contigo...
Tento imaginar o que te vai na alma...
E perco-me em ti...

Deixo-me levar...
Tento em ti não me perder...
Mas é tanta a vontade de te beijar...
Sinto-me a renascer...

Olho-te nos olhos...
Sinto-me vivo, quente...
A noite ganha outra cor...
Os meus sentidos despertam...

Dias passam.
Momentos permanecem...
Mas agora é noite presente,
Dormes sob o meu olhar...

Sinto-me bem.
Sinto um grande carinho.
Sinto medo.
Que algo tão frágil se possa partir...

Atinge-me este impeto,
Este impeto de te beijar...
Tento então controlar-me,
Mas tal impeto não pude controlar.

Sinto então a tua calma,
Sinto então os teus lábios...
Acaricio-te a face,
Sinto o teu toque, a tua expressão...

Depois... olho-te nos olhos,
Este impeto não acaba...
Porém tal impeto controlo um pouco mais,
Depois do teu beijo...

Dia presente...
Penso em momentos passados...
Momentos vividos...
Contigo...

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13 de abril de 2010

O Mar

Caros leitores, este texto não é originalmente meu... Este texto foi feito a partir de uma parte já existente... espero que gostem...

Ao arrumar a minha gaveta, encontrei uma flôr.
Quando
Andei no mar, procurei o meu amor,
Aqules sem fim, mas com muita dor.

Fomos assaltados, no meio da tempestade
Que trouxe consigo uma grande amizade.
O navio ora sobe sem ter o seu destino.
E o medo consentra-se num submarino.

Estou louco por ti.
Não consigo nem ouvir o que sentes por mim.
O mar está zangado, o barco desarmado.
As ondas batem com fúria no casco do meu coração
Sem ter um destino
Para cair em desilusão.

Só penso em voltar para o meu mundo
Onde fui encontrar o meu amor,
Onde fui buscar uma flôr
E onde encontrei o pôr-do-sol.

Passaram muitos dias,
O mar acalmou o fim.
O vento sopra assim,
A alegria voa para ti.

Içamos a vela.
A brisa soprava alegremente.
Chegamos a terra finalmente,
Onde a viagem esquecemos lentamente.

Afinal, o mar é
Tudo isto:
Medo, coragem,
Esperança, alinça de
Amor e de
Esplendor.
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26 de março de 2010

Caros leitores, a partir de hoje não serei apenas eu, pecador constante, a escrever nestas páginas. A partir de hoje este blog irá albergar uma nova escritora, uma alma á procura do seu lugar no mundo, tal como eu... Esta, intitula-se Nadia Pereira. Espero que continuam a seguir este blog, pois cada post é sempre uma nova revelação...

23 de março de 2010

Momentos vividos

Tempo escaça rapidamente,
Momentos fluiem na alma da saudade,
Pensamentos ocorrem quando fico só,
Mas acredito que tornará a ser mais que pensamentos...

Então levanto a cabeça,
Olho em frente,
E o pensamento torna-se realidade
E não sou capaz de deixar de sorrir.

Chego-me á frente, olho-te.
Sem ser capaz de reproduzir o pensamento.
Então decido improvisar,
E o caminho que esperava abre-se para nós.

9 de março de 2010

Tempo de perdoar? Talvez...

Cá estou, de novo, a escrever o meu passado e o meu presente... Bem, o meu último mês... bem... foi como se o sol tivesse desaparecido, dando lugar ás trevas e á chuva, ao frio da noite e ao gelo da manhã...
O tempo resolve tudo... ajuda a curar as feridas e a reabrir outras tantas... basta deixar-mos o tempo correr, que este trata de corrigir erros, junta quem pensou nunca juntar-se á uma tal pessoa... ajuda a pensar em tantas formas de pedir desculpa... ou pura e simplesmente a esquecer... Antes deste mês, a minha vida parecia quase perfeita, pois infelizmente, nada é perfeito. Porém, a minha vida estava perto da perfeição, a meu ver, claro... Esta tinha cor, era amena á noite e suave de manhã, ao paço que, o despontar da manhã fazia-me levantar cheio de orgulho dela, cheio de vontade de lhe falar, cheio de vontade de lhe ler a escrita dela...
Durante o último mês, fui paciente, esperei por ela... pois não a quis nem quero perder, por nada deste mundo... Os meus dias tornaram-se cinzentos, a noite negra e gélida, a manhã tenebrosa, um sofrimento constante... Quero voltar a sentir o que sentia antes... A tal quase perfeição desvanecera-se, faltava-me a cor que ela me dava, faltava-me a voz que me guiava, faltava-me o teu "bom dia" de manhã, faltava-me a sua presença espiritual...
Bem, parece-me que, hoje, esta está a voltar, mas fraca... tImida, indefesa, será? A alegria despontame de novo no meu peito com este pensamento, esta ideia que desejo que se transforme em verdade...

Agora, para ti, melhor amiga, sempre. Um muito obrigado por me teres tornado uma pessoa melhor, por me ensinares tantas coisas... até que, ás vezes, o sofrimento é a melhor lição... Obrigado...

Amo-te melhor amiga...