21 de julho de 2012

Sonhos.

Olá mais uma vez. Hoje venho falar de coisas que nos rodeiam, coisas que nós vemos, coisas que nos fazem pensar no que será e no que temos agora. Coisas que nos fazem sonhar, coisas que nos dão força para continuar em frente.
Hoje vi um filme. Nada de especial, apenas outro filme com mais um final feliz. Mas não é o filme que interessa. Claro está que é Ela que interessa. Como disse antes, há coisas que nós vemos, que nos fazem sentir, imaginar, sonhar, com alguém, ou apenas connosco mesmos. Eu não fiz nada dessas coisas. Eu relembrei. Relembrei aquele sonho que ambos temos, aquele sonho que temos a certeza de que se vai tornar realidade. Aquele sonho de um dia termos a nossa família, de a ver, a Ela, com um ser dentro d'Ela, com a nossa filha dentro d'Ela... E ter aquela vontade insaciável de a abraçar no momento em que Ela me disser "Amor, estou grávida!" com uma lágrima no canto do olho... Não consigo imaginar bem o momento, porque algo assim não é possível de se imaginar, apenas se vive, e quando se vive, é diferente de tudo aquilo que imaginamos... E salto mais uns anos à frente, e sou capaz de ver aquela menina linda de caracóis negros pela cintura a correr para mim... Negros ou ruivos, curiosamente, Ela não gostava que as das histórias tivessem cabelos ruivos... É justo, afinal, a nossa menina também será única, tal como a mãe, tal como a minha Luz. Por isso, só ela terá esse direito, de ser ruiva. Que tontice. É então que recuo até à actualidade. E sinto desejos de estar ao lado d'Ela, de estar deitado com Ela, de estarmos os dois, no calor um do outro, no momento em que os nossos corpos se encontram, colidem dando aquele mar de sensações... E acabarmos abraçados, um no outro, e dormir tranquilamente, para nos levantarmos na manhã seguinte... Noto agora que tenho ainda mais saudades dela, nesse estado de inocência, nesse estado de pura felicidade, de puro amor... Nesse estado em que sonhamos nos braços um do outro, em que é no outro que encontramos refugio...
Tenho sono, sinto-me cansado... "Amor, não te deites muito tarde...", disse-me Ela prestes a adormecer, ouvindo um último "Amo-te", e fechando os olhos...

15 de julho de 2012

Só.

Não sei bem por onde começar. Para dizer a verdade, são muitas as coisas que me perturbam e me fazem ter medo. Passou uma semana, desde a última vez que estivemos juntos. E eu sabia que esta semana ia ser horrível, ia ser deplorável, mas acima de tudo, incrivelmente dolorosa. Não sorri, não me diverti, não pensei em mais nada, não me concentrei, não nada. Nada conseguia fazer perante tantas injustiças e falsas promessas...
Tinha medo, e tive, no fim de contas, razão para o ter. Simplesmente sabia que isto iria acabar por acontecer, sabia que serias demasiado ingénua para perceber. Dói, apesar de todos os conselhos e avisos, de todos os esforços para aguentar, o facto de tudo ter acontecido e de teres permitido determinadas coisas.
Mais uma vez, passo por isto. Mais uma vez perco horas de sono a fio acordado, sem saber no que realmente penso. Tudo o que podia fazer, já fiz. Custa-me que muitas vezes não percebas o que eu faço por ti... Qualquer coisa, basta pedires... E os próximos tempos, serão bem difíceis... Gostava de poder dar-te mais do que aquilo que consigo, gostava de poder tentar fazer-te ainda mais feliz... Ás vezes, tenho sérias dúvidas acerca disso... Se de facto te farei feliz... Tantas vezes acontece fechar-me no meu canto, não querer falar com mais ninguém, não querer estar com mais ninguém, nem mesmo contigo... Estar só... É como me tenho sentido nestes últimos tempos, tenho sentido que te estou a perder... Já não tenho mais forças para continuar a lutar por algo, a lutar pela minha vida, e pela nossa, se for esse o teu desejo... Tenho demasiado medo de enfrentar a realidade sozinho, mas cada vez me conformo mais de que a cada dia que passa, isso está mais perto de acontecer... Sinto o meu Mundo a desabar, sinto que não consigo continuar de espada em punho e proteger quem eu amo, porque não tenho quase reacção de ti... Preciso de ti, tanto... Amo-te demasiado para te perder, para te deixar ir... Muitas coisas afloram a minha mente neste momento, e por esta hora já dormes, feliz... Há já algum tempo que não sei o que é isso... Há já algum tempo que não consigo dizer "eu estou bem"... Há já algum tempo que me sinto só, outra vez...
Já não sei o que te hei-de pedir mais, já não sei o que hei-de fazer mais por ti, já não sei o que pensar, já não consigo estar despreocupado, já não consigo estar feliz... Sinto-me perdido, o meu alento deixou de me iluminar... Não quero que fiques triste, não quero que penses que fizeste alguma coisa mal... Só te peço para que voltes ao que costumavas ser...
Eu já não consigo lutar contra a vida sozinho, preciso de ti, Luz...
E agora, se me dão licença, vou ver se durmo, a noite já vai alta, sem estrelas no céu...