24 de abril de 2011

Fly e Santy - 4ºParte

Lembram-se da Fly? Sim, a nossa amiga Fly que se desvaneceu em Luz, juntamente com Santy. Ambos estavam felizes, ambos se apaixonaram um pelo outro... Ambos partiram em paz, a paz que tanto procuravam. Mas não desapareceram... Continuam connosco, no nosso dia-a-dia, no nosso pensamento, o nosso ser interior. Viajando por ai...
E o anjo de uma só asa? Que chorou uma lágrima, negra? Para dizer a verdade, chorar não é necessáriamente mau. O anjo chorou de alegria. Porque, apesar de a sua lágrima ser negra, nada quer dizer que seja de trizteza. Ou quer? Aquele anjo, como descrito anteriormente, não era apenas uma estátua, era muito mais que isso.
A Fly e o Santy desvaneceram-se em Luz, Luz essa que se perdeu no vasto céu. Lá fora, familiares e amigos choravam a morte deles... Enquanto eles percorriam os céus, sob forma de Luz, sem que os outros se apercebessem... Pois é... Depois desse dia, nunca mais houve tristeza no mundo, nunca mais houve desespero, nunca mais houve medo... O sonho da Fly sempre foi voar... E como se dizia, “espero que agora tenhas realizado os teus sonhos...” . E se formos a ver bem, foi o que aconteceu. Fly voou, juntamente com Santy, voaram os dois pelo mundo fora, percorrendo todos os corações de todos aqueles que de alguma forma, não estavam bem... Eles trouxeram a Luz ao planeta, Luz essa que lhe tinha sido tirada, pelo sofrimento, pela mágoa, pela crueldade... Mas agora está tudo bem... Afinal o anjo chorou... A lágrima que ele chorou, foi toda a tristeza que restava nos corações de Fly e Santy, permitindo-lhes a liberdade e a paz que tanto ansiavam... Agora, aquelas almas transmitiam para o anjo toda a infelicidade que existia no Mundo, toda a inflicidade que encontravam... Sim, é verdade, quando entraram na capela, a estatua estava negra... Porque será?
Agora, está tudo bem, está tudo perfeito...

Não era bom se o nosso Mundo fosse como o de Fly e Santy? Perfeito? O meu é... E o vosso?


FIM

23 de abril de 2011

5 Minutos...

Estou triste. Estes ultimos dias teem sido horriveis. Sem ti... Sinto a tua falta, quero falar contigo, não estas, quero ter-te aqui, não estas... Acho que toda esta tristeza me está a consumir por dentro, pois so sinto o meu peito a querer expandir-se, pois o meu coração bate depressa, depressa de mais para evitar as dores... é ele que torna a dor psicológica em dor fisica... toda esta tristeza prende-se no meu peito, nao consegue sair, subindo até á minha mente, relembrando aquilo que gostava de ter agora e nao tenho. Peço para que o tempo passe mais depressa, mas este não passa. Sinto tanta vontade de me encostar a um canto escuro, e isolar-me de tudo e todos, talvez canalizar esta tristeza toda em energia negativa e liberta-la... Sim, entrar no meu mundo outra vez, como já á muito tempo que não acontecia... Estar ali, só eu, quão fragil criaça que dormita, ou assim parece... Saudades estão a levar-me a um estado psicótico, não consigo ter-te, não consigo ouvir-te, não consigo deixar de pensar que te tive, que te ouvia. Estou triste, porque não te tenho aqui, ao meu lado. Afogo-me em lágrimas por vezes, acreditando que depois disso te transfigurarás á minha frente... Tal não acontece, e desespero... Por não te ter ali, por faltar tanto tempo, ou tão pouco. No entanto, a minha mente não consegue perceber isso, não entende que este tempo vai acabar, este miserável tempo que falta para te ter outra vez, para te ouvir, para te sentir... Tristeza que não se vai embora, apenas te quero, a ti e só a ti. Mais ninguem me faz falta assim como tu, só a ti eu amo, agora e sempre... Vem Luz, vem até mim... Ilumina-me uma vez mais, como só tu, dona de toda essa Luz, sabe iluminar... Mais ninguem me ilumina assim... Mas também, mais ninguém é Luz... Só tu, minha Luz que transcende a minha alma e toca no meu coração... És vida, aquela vida que eu tenho, aquela que me faz viver... Amo-te, agora e sempre, e nada mudará isso, mas a saudade continuará a trazer esta tristeza gélida, que me dá estas dores...

Némesis - Capitulo V

Ela corria, desesperada, á procura de um abrigo. Um ser sem rosto perseguia-a, sedento de sangue, queria-a só para ele. Némesis estava em pânico, sabia que o estranho ser estava tão próximo dela.
-Vou apanhar-te! Anda cá! - Gritava ele, fazendo com que os seus gritos ecoassem pela floresta toda.
Némesis continuava a correr, estava sózinha, desprotejida.  Ela sentia-o tão perto, tão perto... Sentiu uma mão no seu ombro, uma dor aguda, olhou para baixo e tinha a adaga cravada na barriga. Virou-se lentamente para trás...
Acordou. Némesis estava na floresta, tinha acabado de sair da aldeia e deitara-se encostada a uma árvore para descansar um pouco, acabando por adormecer. Chovia, uma vez mais. Némesis levantou-se e colocou o seu arco, oferecido pelo velho senhor da aldeia, ás costas. Caminhava pela floresta, escura devido á presensa da chuva. Estava deserta. Némesis ainda não sabia para onde havia de ir, ela só queria fugir dali. Andava muito cansada, mas não poderia tornar a adormecer na floresta, á vista de todos. Bem, quer dizer, não era exactamente á vista de todos, não era por acaso que era uma floresta. Não andavam a passear pessoas como se fosse um destino de visita.
Continuando, Némesis tentava chegar á cidade. No entanto, antes disso, haviam outras prioridades: Jantar. Ela tinha de caçar se queria continuar viva, pois já não tinha alimento. A floresta não se mechia, e ela caminhava lentamente de arco montado, pronta a disparar. Estava atenta a qualquer som. De repente, um som não muito distante dela ecoou pela floresta. Na esperança de ser o jantar, Némesis levantou o arco e disparou. Parte boa: acertou no alvo. Parte má: o alvo disse:
-AHHHHRGG!!!
Némesis não sabia bem o que fazer. Não sabia se era seguro ou não ir ao encontro do seu suposto jantar.
-Bem, já que o atingi é melhor ir ver... - pensava ela.
Aproximou-se do sujeito. Este, estava deitado no chão, cheio de dores, a gemer, com uma flecha atravessada na perna direita.
-Óh não!! Desculpa, desculpa, desculpa!! - Implorava ela desesperada.
-Para a próxima olha antes de disparar, SIM? Ahhrgg aiii... Porquê eu, que mal é que eu fiz a Deus?!
-Desculpa, a sério, eu vou tirar-te isso, deixa-me só...
-NAO!!! Afastate de mim! Tu és perigosa! - Exclamava o rapaz, cheio de medo de Némesis. Afinal, levar com uma flecha é motivo para isso, ter medo.
-Foi sem querer, juro! Pensava que eras o meu jantar! Deixa-me ajudar-te!
-O teu jantar hem?!
Némesis aproximou-se do rapaz, e partiu com cuidado a flecha em duas, junto a ferida. O rapaz gemia com dores. Depois, com um puxão rápido e seco, arrancou o resto da flecha que tinha perfurado a perna do rapaz. Em seguida, arrancou o tecido das calças do rapaz que envolviam a ferida e envolveu a mesma, dando um nó para estancar o sangue que ainda não tinha parado de jorrar como se a perna do rapaz de uma fonte se tratasse. O rapaz chorava com as dores, soltava gemidos de dor.
-Mas afinal, - Perguntou Némesis - o que é que estás a fazer aqui? E quem és tu?
-Er... Ninguém...
Némesis estava a ficar desconfiada.
-Ninguém? Ninguém como assim?
-Er... - O rapaz não dizia nada com jeito.
-Só assim por acaso, tu andas a seguir-me? - Némesis estava a ficar fula.
-Bem... Sim... - respondeu-lhe, que tinha parado de gemer, entretanto. Ela não exitou. Largou o rapaz, levantou-se e preparou-se para retomar o seu caminho.
-Ei! EI! Vais deixar-me aqui?
-Morre... - Respondeu-lhe ela, sem olhar para trás. -Se quizeres, segue-me outra vez. - Acrescentou ela, num tom de claro desafio.
O rapaz lá se levantou e tentou caminhar, o que estava a ser dificil, tendo em conta que ele estava numa floresta onde o chão não ser propriamente liso, e também devido ás dores que recebera como prémio por ter seguido Némesis.
-Óh páh! Espera por mim, por favor! Desculpa...
A rapariga parou, respirou fundo e virou-se.
-Porque é que vieste atrás de mim?
-Bem, para dizer a verdade, eu queria correr o Mundo, e reparei que não paraste na aldeia durante muito tempo... Pensei que talvez tivesses o mesmo objectivo que eu...
Ela sabia que não podia deixar o rapaz ali, no meio da floresta. Mas também sabia que não podia contar a verdade ao rapaz. Decidiu deixa-lo acompanha-la.
-Sim, também quero correr o Mundo - respondeu-lhe. - Como te chamas?
-Bill Jonathan. - Disse o rapaz, ainda com medo de que ela pudesse mudar de ideias. - E tu?
-Némesis, é o meu nome. Anda daí, corre Mundo comigo.
Némesis sorriu e ajudou Bill a levantar-se.
-Vou chamar-te de BJ*. - Disse de repente Némesis.
-BJ? Porquê? - Perguntou Bill.
-Porque eu posso e quem manda aqui sou eu!
Ambos soltaram uma gargalhada.
-Está bem, pode ser. - Disse BJ, ainda a rir.
-Ai podes ter a certeza que pode, se não, bato-te!- Ao ver a expressão de BJ, acrescentou: - Estou a brincar!- Riram mais uma vez.
Parou de chover, dando lugar a um céu cheio de nuvens, onde o sol ia espreitando, timido, de vez em quando.
-Bem, tens comida? - Perguntou-lhe Némesis, que já tinha fome á bastante tempo, demasiado.
-Quer dizer... Eu ter tenho mas... acho que não queres. - O rapaz ria com ar de gozão.
-Parvo... - Ripostou a rapariga secamente.
Depois desta cena, Némesis conseguiu caçar um veado. Juntos, acenderam uma fogueira (o que foi dificil devido a estar tudo ensopado) e comeram até se sentirem bem, acabando por adormecerem mais tarde.
Nessa noite não choveu.

*[BJ = BidJey]

Némesis - Capitulo IV

Némesis ficou naquela casa mais uns 3 dias. De facto, ela sabia que não poderia ficar ai, mas também não sabia para onde ir.
Ao fim do quarto dia, Némesis despediu-se daqueles que a acolheram. Ela tinha de continuar. Saiu daquela casa. Seguiu uma direcção, qualquer uma servia, menos aquela que a trouxera até ali. Reparou num homem que tratava de um arco. Dáva-lhe jeito, se ela ia para a floresta, convinha ter algo que a defendesse.
-Boa tarde - Disse Némesis educadamente.
-Boa tarde minha jovem. O que deseja? - Respondeu o velho, com voz rouca.
-Queria saber quanto custa esse arco, que está a trabalhar...
-Custa 5 moedas de ouro, jovem.
-Hum... - Mormurou Némesis.
-Está interessada em conprá-lo?
-Não, não, era só para saber...
-Não tem dinheiro, pois não, minha jovem? - Interrogou-a o homem.
Némesis corou. Na verdade, ela não tinha mesmo dinheiro, e o velho homem apercebeu-se disso.
-Alguma vez disparou um arco?
-Não, nunca. - Respondeu Némesis.
-Espera um momento.
O velho tinha entrado na sua casa e, ao sair, trazia um outro arco muito trabalhado.
-Vejamos... - murmurou ele. - Está a ver aquela árvore ali ao fundo? Aquela onde lhe falta um pedaço de casca?
-Sim, estou.
A árvore não estava própriamente perto...
-Segure - o homem estendeu-lhe o arco. -Tem 3 tentativas para acertar no meio da falha da árvore, onde lhe falta a casca.
Némesis segurou o arco. Era leve, ao contrário do que parecia. Ela armou-o, encaixando a flecha na corda. De seguida, levantou o arco e fechou ligeiramente o braço esquerdo, para que a corda não lhe acertasse quando esta a largasse, puxando em seguida a corda atrás. O tiro fora instantâneo. A flecha só parou no sitio pretendido. O centro da folha na casca da árvore.
-Basta. É o suficiente. - disse o velho.
Némesis estendeu o arco ao homem, mas este limitou-se a esboçar um sorriso.
-Fique com ele. Mereceu-o. Parabéns.
-Não! Não posso aceitar, não paguei ou trabalhei por ele! - Exclamava ela de indignação.
-Fique com ele. Afinal, ganhou o desafio. Acertou na árvore, na falha, com a primeira flecha. Não é qualquer um!
-Isso... isso foi sorte de principiante! - argumentava ela.
-Ainda assim, quero que fiques com ele. Estará concerteza melhor nas suas mãos.
Némesis não teve outro remédio senão aceitar o arco.
-Muito obrigado então... - Agradeceu esta, corada pela vergonha.
-Não tem de quê, jovem, e boa sorte! - disse o velho, piscando-lhe o olho.
Némesis agradeceu uma vez mais. O velho também lhe dera uma aljava cheia de flechas. Némesis estava finamente pronta para a sua "fuga". Com o arco na mão esquerda, embreinhou-se na floresta. Estava um dia ameno.

20 de abril de 2011

Quero que os meus outros sentidos te conheçam, não os quero privar de ti, dando-te a conhecer apenas á minha visão...

16 de abril de 2011

Luz

Beijo teu é Luz,
Luz que se perde nos meus lábios,
Que percorre o meu ser,
Que invade o meu coração.

Mas este não a rejeita,
Abre bem os braços
E recebe-a como uma amiga.

Mas não só o teu beijo é Luz.
Também a tua essência me ilumina,
A tua forma de ser prende-me á fonte
De toda essa Luz...

Tudo me encanta,
O brilho do Dia,
A semi-obscuridade da Noite.
Mas só a tua Luz me mantem vivo...

Sem o teu amor eu morro...
Os teus olhos são a Luz,
Que me guia no desconhecido,
Conhecendo apenas o teu amor,
E a minha Cruz.

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Agradecimentos a uma amiga que me ajudou a fazer o final ;)
Arigato Gosamas