26 de novembro de 2010

Amo-te :D

Procurei, percorri.
Este mundo, a ti.

Onde estavas,
Não sei.
No meu horizonte,
Foi onde te encontrei.

Sorris, ao mundo meu,
Observas-o atentamente.
O meu coração é teu,
Entrego-to docemente.

Vem, meu anjo até mim.
Vem, inocência, chega-te aqui.
Abraça-me uma vez mais.
Apaga-me estes pecados mortais.

Levemente ao vento me deixo guiar,
Na esperança de te reencontrar.
Não porque me perdi,
Mas porque me perdi em ti.

Reviro os pensamentos,
Mas tu lá permaneces.
Exploro os meus sentimentos,
Entrego-tos pois tu mereces.

Quero-te para mim, é verdade.
Quando não estás, sinto saudade.
Mas fecho os olhos e revejo,
Os nossos momentos, o teu beijo.

Escrevo a pensar em ti,
Meu amor, a minha alma te entrego.
Este amor, presente em mim,
Faz-me feliz, e não o renego.

16 de novembro de 2010

Capitulo VI - Ainda no mar... (História Conjunta)

O homem tinha acordado sobressaltado, Porém, devido a não ter forças suficientes, foi incapaz de se levantar. Limitou-se e quase berrar:

- Onde está Ifrii?
- Tenha calma… - disse-lhe eu. O homem tinha acabado de acordar, depois de ter estado inconsciente, ainda caía para o lado outra vez, e sinceramente, tinha mais que fazer do que esperar que ele acorda-se.
-Mas… Quem é Ifrii? - Desta vez, Lilyth tomara partido de lhe perguntar por quem o estranho homem chamava.
- Porra! A minha espada!
O homem estava bastante enervado, mas era apenas uma espada, para que tanta preocupação? Será aquela espada mais do que aparenta ser? Quando falou, parecia já mais calmo…
- Ifrii é a minha espada…
Olhei de relance para Lilyth. Esta tinha estado a “alimentar” a espada com bolas de fogo. Só espero que ela não diga que…
- Quê? A espada que come fogo?
Do nada, o homem sentou-se de repente, tal devia ser a vontade de reaver a tal espada. Este, olhou para a sua roupa a secar ao lado da cama na esperança de que Ifrii estivesse junto com elas, mas não estava.
- Onde é que ela está? - disse este levantando-se mesmo. Lilyth que acabara de pegar na espada respondeu-lhe:
- Aqui! Mas isto é realmente uma espada?
Bem, eu também perguntaria, pois nunca vi uma espada que consumisse fogo.
-É feita de metal? Parece-te uma espada? Não é um machado, pois não? Não é uma faca de manteiga, pois não? Então sim, é uma espada!
O homem estava de facto muito irritado. Acho que já me arrependi de o ter salvo…
- Oh bem, onde estão as minhas maneiras? - com mais calma, este pegou em Ifrii. - Chamo-me Gaktak Elentirr, Necr… - o homem tossiu. Provavelmente ainda tinha sal nos pulmões devido á água que deve ter ingerido no mar. - Elementarista e Homem d’ Armas, eternamente grato e ao vosso dispor.
Finalmente um pouco de educação! Chegou a minha vez de falar…
- Então também é um guerreiro!
- Também sou Elementarista! É assim que se diz, certo? - perguntou Lilyth.
-Uh… Sim… Que tipo de armas usa? - Perguntou-me o homem.
- Bem, nada de mais… uma espada, um arco, e um punhal… resumidamente, o básico… - a minha espada também era o meu orgulho… A lâmina desta era feita de aço puro, do pomo ao guarda mão era feito de prata, com 6 ametistas gravadas, 3 em cada lado do guarda mão. O cabo desta, era entrelaçado por dois fios de meio centímetro de largura de ouro puro também, por cima de cabedal, enrolando as pontas ao pomo e ao guarda mão. Já o pomo era mais curioso. Este era composto por prata, referido anteriormente. Porém, não era esférico. Era uma meia esfera. Porém, na base da meia esfera (esta ligava-se ao cabo pelo redondo e não pela face lisa), estava cravado em rubi um pentagrama não muito alto, apenas com 3 milímetros de altura.
O meu arco era, como dito anteriormente, de freixo, flexível e muito bom, com um alcance muito longo. Porém, não era qualquer um que o conseguia montar.
Já o meu punhal era normal, adquirido ao ferreiro da minha tribo. - a minha espada, bem como o meu arco, foram heranças do meu pai… Já agora, o meu nome é Rohan e esta jovem chama-se Lilyth. E as suas? Hum… não gosto muito de formalidades… no campo de batalha não se usam muito, não estou habituado… posso trata-lo por «tu»?
- Certo, á vontade… na verdade, até percebo… estava só a tentar ser bem educado… podes chamar-me por «tu» ou pelo meu nome, não há problema…Quanto às armas, embora normalmente só utilize e esteja especializado em espada de mão e meia, a Ifrii, também sou versado em adagas, punhais, chicotes e maças d’armas, machados… uma miríade delas… - dissera Gaktak. Bem, parece que ao menos sabe combater com o que vier á mão…
-Eu também uso mais a minha espada do que o meu arco ou punhal…- afirmei eu. - na verdade - continuei - uso o arco raramente, embora tenha bastante perícia com este… Nas a minha espada… É uma espada curiosa… Não oxida, não precisa de manutenção, está na minha linhagem há muitas gerações e a sua lâmina nunca perdeu o seu vigor…
- Hum… Isso parece-me de fabrico élfico, ou obra de anões… eles é que costumam fazer coisas do género, embora raramente haja registos de colaboração entre essas duas raças…
Ao dizer isto, Gaktak passou com a sua mão pelas suas roupas… Decerto que não haviam secado até ao momento.
- Há algumas roupas secas por aqui? Não posso andar por aí assim, quase nu…
- É capaz, espera um pouco. - Virando-me para Lilyth perguntei: - Lilyth, vais ao nosso quarto e trazes-me umas vestes minhas? São capazes de servir a Gaktak.
- Sim, claro, trago já. - E saiu.
- Obrigado. - Agradeceu Gaktak…
Ainda estava a pensar no braço de Gaktak… O que teria acontecido? Segundo o que a mãe de Lilyth tinha explicado, quando certas raças tentavam conjurar ou fazer uma magia á qual esta seja incompatível com a raça, havia um preço a pagar por isso… Teria sido isso que lhe acontecera? Mas, então que magia tentara ele conjurar? Porém, os meus pensamentos foram interrompidos por Gaktak.
- Então, a tua…huh… mulher, também, é Elementarista?
- Hum… Elementarista? - tentei dar um ar de confusão, pois queria saber o que lhe acontecera, e não queria mostrar que sabia um pouco do assunto. Decidi, portanto, fazer-me de ignorante. - Sei lá, a única coisa que sei é que ela deu bolas de fogo á espada, e que faz coisas que eu pensava serem impossíveis…
Isso era outra história… A espada esquisita intitulada Ifrii… Como era possível uma espada absorver fogo?
- Uh… Certo… Então e qual é o elemento predominante dela?
-Ugh… Fogo? …
- Hum… Ela parece inexperiente… Se quiseres posso ensina-la e treina-la… Tens é de me dar um ou dois dias para recuperar todo o meu Maná…
- Eu não percebo nada disso, confesso que fui apanhado de surpresa por tudo isto, nem eu, nem ela sabíamos do que se estava a passar… Gostaria de assistir, caso possível, pois ao menos fico a saber do que se trata, visto agora eu ser um completo ignorante nesta matéria…
Não me agradava nada que Lilyth ficasse sozinha com este tipo, ainda não confiava nele…
- Certo, depois quando a for treinar logo dou uma explicação para isto… Se puder ajudar em alguma coisa enquanto recupero o meu Maná, tenho todo o gosto em vos assistir…
- Agora o importante é deixar o mar, chegar a terra… Para dizer a verdade, este barco não resiste muito mais… Para onde seguias?
- Seguia para uma Ilha… Queria ver como era… Já a encontraram?
- Hum… A Ilha… A porra da Ilha… Aquela que foi nadar com os peixinhos? Sim, também fomos para essa Ilha, que agora já não é ilha nenhuma, é fundo oceânico…
Já nem podia ouvir falar da Ilha! Por causa dessa Ilha, agora estou metido numa bonita situação! No meio do oceano, perdido e com fome, com uma namorada Elementarista pelo meio… Raio da Ilha…
- Tens a certeza? -Perguntou Gaktak.
Nãããão, estou a brincar, afinal Ilhas que se afundam porque sim é a coisa mais normal do mundo! Entretanto Gaktak continuou:
- Bem… Só espero é que quem quer que lá vivesse tenha escapo… O mar já teve a sua ração de corpos… Depois quando a tua mulher… Lilyth, certo? Chegar com as roupas, logo confirmo isso…
-Logo… Confirmas? - Perguntei eu.
- Sim, quero ver isso com os meus próprios olhos… Diz-me, estava algum fundão no sítio onde seria suposto estar a Ilha?
- Bem, um fundão bem grande… Para dizer a verdade, estamos agora nele…
- Óptimo, chegaram as roupas. – Lilyth acabara de entrar com umas calças e uma camisa. – Anda Lilyth, deixa Gaktak vestir-se em paz. – Virando-me para Gaktak: - Estaremos no convéns à tua espera.
Saindo do pequeno quarto onde se encontrava Gaktak, dirigi-me a uma das bordas do navio, juntamente com Lilyth.
- Que achas? – Perguntei-lhe.
- Sobre ele? Não sei bem… Mas parece-me que tem algo de estranho, não tenho a certeza… Não sei explicar o que é…
- Eu também não estou muito virado a confiar nele… Para dizer a verdade, também acho que ele tem algo de estranho… Para além disso, não há muita gente jovem de cabelo branco e braços mirrados.
- Sim, isso também é estranho. E os olhos dele? Vermelhos… Muito sinistro… Será ele alguma espécie de demónio?
- Não creio… Apesar de tudo, ele não tem ar de demónio… Ainda assim, há algo que… não sei porque, faz-me desconfiar… - disse-lhe eu.
- Acho melhor ficarmos atentos, pelo menos por enquanto, não sabemos nada sobre ele, nada. Nem origens, nem de onde veio, nem o que ia fazer á Ilha… - Sugeriu Lilyth.
- Sim, vamos ficar de olho nele… Por enquanto… Sim, é isso… - respondi-lhe eu pensativo.
Passaram as horas. E já havia indícios de que a noite se aproximava quando vimos a costa de uma outra ilha nas proximidades. Avançamos até lá, precisávamos de mantimentos se queríamos continuar vivos, e para além disso, aquele barco precisava de uma reparação a fundo…
Chegamos o mais perto possível da costa, e ancoramos ali. Entretanto, fui chamar Gaktak, adormecido no pequeno quarto que há horas eu tinha abandonado.
- Não dizias que querias ajudar? Já chegamos a terra… Vem, vamos procurar comida. – E saí.
Olhei para a ilha. Depois do areal, a ilha afundava-se numa densa floresta, não deixando ver nada para além de árvores e outras plantas exóticas, próprias daquele clima oceânico.
Passados uns minutos, Gaktak saiu do quarto. Foi ele o primeiro a falar.
- Depois de reabastecermos, que acham de irmos ver aquela àquela cidade se conseguimos ajuda para reparar o barco?
De facto, por entre as árvores densas, avistava-se fumo. Era capaz de ser de alguma povoação que habitasse a ilha, no entanto, não creio que seja uma cidade. Mais uma aldeia. Com a vegetação assim tão intocável, é mais provável ser mesmo uma aldeia.
-Porque não… Somos poucos e o barco está em muito mau estado… Para além disso não temos alimentos e os marinheiros estão famintos e fracos… O que conseguirmos arranjar não é suficiente para a viajem de regresso…
Pusemo-nos num bote, e ordenei aos marinheiros que ficassem ali, a guardar o barco, e esperar pelo nosso regresso. Eu, Gaktak e Lilyth apressamo-nos a chegar ao areal. Gaktak, pensativo disse:
- Hum… Tentamos arranjar algo para comer, depois, trato de algo para encurtar a nossa viajem… Em relação à comida, acho que posso ajudar…
Após estas palavras, Gaktak fechou os olhos, e esticou o seu braço direito para a frente, com a mão aberta tendo a palma da mesma virada para os céus. Depois, proferiu:
- Fogo que arde no centro do nosso planeta, Vento que sopra pelos campos e Terra que nos circunda, Água que é parte do nosso ser como criaturas que somos, juntem-se em conluio e animai parte de vós para me auxiliar. Dá-me um ser etéreo, para se poder movimentar facilmente até mim. Eu preciso desse mensageiro. Deixa-me possuir e usufruir dessa vossa porção. Ergue-te, Elemental do Vento!
E posto isto, uma pequena criatura, se bem que se podia chamar aquilo de criatura, pois a meu ver era mais uma cabeça de vento do que uma criatura, apareceu na mão aberta de Gaktak. Parecia uma espécie de tornado em miniatura, com uma esfera no topo do mesmo. Apesar de cabeça de vento, tinha dois olhos azuis que pareciam feitos de luz, e também dois pequenos braços. Fiquei desapontado, esperava algo maior. Tanta conversa para aparecer uma coisa minúscula… No entanto, Gaktak repetiu o mesmo processo descrito anteriormente. No entanto, desta vez esticou o braço esquerdo, fazendo aparecer uma criatura, ou melhor, uma cabeça de vento, em tudo igual á outra.
Virando-se para as pequenas criaturas, ou cabeças de vento, como eu gosto de lhes chamar, ele disse:
- Vamos agora para aquela floresta procurar caça. Se encontrarem algo próprio para consumo humano, venham ter connosco e mostrem-nos o caminho. Memorizem as nossas assinaturas de Maná para nos encontrarem. Percebido?
As pequenas criaturas soltaram um pequeno guincho (não esperava outra coisa), deram um mortal para a frente e juntaram-se, separando-se em seguida e afastando-se em direcção á floresta. Gaktak sorria.
- Certo, vamos – concluiu este.
Após isto, Eu, Lilyth e Gaktak partimos na direcção da floresta. Algo me dizia que esta floresta ia dar que falar.

6 de novembro de 2010

Barquinho de Papel II

Bem, da última vez que vi o barquinho, este encontrava-se sózinho, perdido naquele ramo do rio grande onde um dia estivera, naquele ramo onde reinava a poluição, as trevas, o desespero do próprio barquinho.
Ele só desejava sair dali, só desejava ganhar forças para sair dali. Bem, vendo bem as coisas, afinal este ainda não tinha ido ao fundo, sendo um barquinho de papel... Podia também ganhar umas rodas mágicas que o fizessem saltar daquelas águas negras e passar para o rio lindo e calmo que tanto queria encontrar, como foi sugerido. Bem, mas isso não acontece só porque sim... Assim que chegava a noite, o barquinho procurava um cantinho sossegado naquele rio para puder passar a noite, desde que ali entrara que nunca mais navegara de noite, pois tinha medo das trevas que se abatiam naquele lugar, já não era como dantes, em que tinha gosto de percorrer o rio e olhar o céu, ver as estrelas, tão lindas no céu... Mas ali não haviam estrelas, o céu estava sempre coberto...
Passou essa noite...
Acordou de manha. Curiosamente, o barquinho tinha sido arrastado pela corrente... Não, não podia ser corrente... Afinal, aquele ramo do rio não tinha uma saída, não desaguava em lugar algum. Vejamos... Afinal, não tinha sido levado pela corrente. Não, alguma coisa ou alguém o puxava para fora dali.
O barquinho derramou uma lágrima no rio que agora abandonava, sem saber como nem porquê. E, ao fazer isso, reparou num pequeno peixinho, provavelmente acabara de nascer, devido ao tamanho do mesmo. O barquinho, ficou tão surpreendido com o peixinho... Este conseguira nascer ali mesmo, no rio poluído. Afinal, ainda havia esperança suficiente para poder aparecer vida nova. O barquinho ficou muito feliz pelo pequeno ser que agora o seguia.
No entanto, o barquinho ainda não sabia porque estava a abandonar aquele local, não sabia o que o estava a fazer com que ele se movimentasse para fora dali. Este, no entanto, não se importava com isso. Porque sentia a felicidade a voltar-lhe de novo a si mesmo.
Chegou de novo a noite, mas desta vez, o barquinho não quis parar. No céu já se avistavam as primeiras estrelas. O céu ia ficando cada vez mais limpo. Mas, com o passar do tempo, acabou por adormecer.
Acordou na manha seguinte. O pequeno barquinho não acreditava no que via. Olhou em volta, ainda espantado com tudo aquilo. Via vida por todo o lado. O rio, parecia que tinha renascido. Não, espera, o barquinho reparou em si mesmo. Este estava... novo? Como que acabado de ser feito? Mas... como?
Mas isso agora não importava. O que importava era que tinha saído daquelas águas. No entanto, continuava sem saber quem o tinha levado até ali. Percorreu, feliz, aquele rio de águas límpidas, cheias de vida, quando viu algo que nunca tinha visto. Estava lá, no rio, rodeado por peixes, aves, borboletas, outro barco de papel.
No entanto, este não era um barco de papel. O nosso barquinho, ao observar mais atentamente, percebeu que se tratava de uma barquinha de papel.
Ao aproximar-se, ouviu algumas das palavras desta barquinha.
"- E assim puxei o barquinho de papel, e fi-lo chegar a este rio, cheio de peixinhos, esperança e alegria, tal como ele tinha sonhado desde que iniciou a sua aventura."
O barquinho de papel estava feliz. Tinha chegado ao local que iria iniciar a sua verdadeira viagem até ao grande Oceâno.

Fim.

1 de novembro de 2010

Lagoa Encantada

Foste comigo
Até à Lagoa Encantada.
Disseste-me ao ouvido,
Que estavas apaixonada.

Por momentos me assustei,
Quando te perguntei:
Por quem estavas apaixonada,
Naquela noite estrelada.

Quando eu te beijei,
Nos teus lábios me ausentei.
Na lagoa Encantada,
Tu estavas apaixonada.

(Texto dedicado...)