23 de agosto de 2010

Fly e Santy 3º Parte

Fly estava deitada sobre o colo de Santy, esta estava a relembrar como tinha sido tão infeliz durante a sua vida toda, e como tudo tinha mudado apenas à seis meses... Ela estava ali, naquele jardim único, de baixo daquela árvore, com as suas folhas a penderem para baixo, a formar uma espécie de cúpula, saboreando o momento. As suas mãos deslizavam pelo corpo de Santy, enquanto sentia os lábios dele a tocarem nos seus, enquanto sentia um enorme calor a crescer dentro de si, a libertar-se de dentro do seu peito...
Enquanto se beijavam, Fly ainda estava a pensar na palavra que Santy proferiu antes de a beijar... "Amo-te", dissera Santy... "Ele disse que me amava..." pensara Fly. Esta, não se contendo, sentou-se, virou-se para ele, e beijou-lhe os lábios, abraçando-o com tanta força que cada um deles era capaz de sentir cada declive do corpo um do outro, cada movimento, cada gesto...
Santy, por sua vez, pensava exactamente o mesmo... á medida que se foram conhecendo, este criou um laço tão forte com Fly, que acabou por se apaixonar por Fly. Ele via-a como a chegada de um anjo, como a sua Deusa que há tanto procurava... Encontrou-a, finalmente...
Então, Santy moveu a sua mão para o interior da camisola de Fly.
-Espera, aqui não... - disse Fly, com um brilho nos olhos. Tinha finalmente encontrado o seu amor verdadeiro. - Vamos para outro sitio...
Olharam os dois em volta. Na realidade, naquele jardim não haviam casas, nem qualquer outro lugar para morar. Quem chegasse ao jardim, podia dormir onde quisesse, pois aquele jardim era mágico para que o conseguia ver, e então, para essas almas que vissem o jardim, não precisavam de casas para morar. o jardim era a casa deles. a capela que havia lá no meio. Estava abandonada, mas não dava ideia de ter qualquer relação com alguma religião... Quem criou aquele jardim, devia querer que aquilo ficasse ali, no centro do jardim, para que todas as almas que lá entrassem, pudessem observar tão ilustre obra.
Fly e Santy conduziram-se mutuamente até á capela. Por fora, esta tinha um telhado em forma de meio círculo, com uma espécie de tonalidade dourada. As paredes, eram brancas, com os rebordos das janelas acastanhados, sendo esta tonalidade clara. Entraram. A capela, por dentro, parecia de outro mundo... As paredes em redor deles, na ala principal, eram de um branco baço, e no tecto, estavam desenhadas estrelas e luas, astros em geral, no dourado da cúpula interior. O chão, tinha um mosaico azul claro, com espécies de desenhos, criados apenas com linhas de outras cores, como branco e preto. No centro da parede oposta á porta, estava uma estátua, negra, por causa de tanto tempo ali prevalecer. Nessa estátua, estava representado um ser, de uma só asa. Esta capela tinha outras duas divisões. Eles dirigiram-se para o quarto.
Entraram. Aquela divisão era simples. Uma cama grande, uma cómoda, um cadeirão ao pé da cama, do lado esquerdo da mesma. Este quarto, tinha uma janela, que dava para o exterior, coberta por umas cortinas vermelhas que deixavam transparecer parte da luz que recebiam.
Santy deixou cair Fly em cima da cama. Depois desta acção, Santy baixou-se e beijou-lhe os lábios suavemente. Ambos queriam aquilo, pois já á muito tempo que andavam a renegar tal sentimento…
Fly estava finalmente a ver o seu desejo quase realizado… Sentir-se amada verdadeiramente… Estar ali, com Santy, era absolutamente tudo o que ela cria…
Entretanto, Santy percorria o corpo de Fly com as suas mãos, estas, deslizavam pelas costas de Fly, provocando-lhe arrepios que faziam com que ela se agarrasse mais a ele.
– Faz-me feliz… - dissera Fly.
Então, Fly tirou-lhe a camisola que lhe cobria o tronco, continuando a beijar Santy. A respiração de Fly já estava ofegante, tal era a vontade e o prazer usufruído por todas aquelas sensações.
Santy continuava a percorrer o corpo de Fly, mas desta vez este atrevera-se um pouco mais. As suas mãos navegavam pelas ondas do corpo dela, chegando-lhe a tocar de passagem pelos seios, o que fez com que esta se contorcesse um pouco. Este, tinha-lhe abandonado os lábios, beijava-lhe então o pescoço, dando-lhe mordidelas pequenas de vez em quando. As suas mãos insistiam em não sair dali, então, Santy despira-lhe a camisola. Fly puxou Santy e beijou-o….



Ambos dormiam nos braços um do outro. Tinham um rosto feliz, um ar sonhador…
De repente, acordaram. Havia algo naquele sítio que os chamava, não pelo nome, ou por qualquer som. De outra forma, como se fosse um pensamento que os chamasse.
Então, depois de se vestirem, saíram do quarto. Foram ter á ala principal. Lá, a estátua do anjo de uma só asa brilhava, emitia por toda ela uma luz branca, pura.
– Fly, o que é aquilo? – Questionara-se Santy, confuso.
– Não sei… Nunca tínhamos visto nada parecido durante todo o tempo que cá estamos…
Ambos olharam fixamente para a estátua, esta parecia pronta a dizer-lhes algo. Até que…
– Venham, a vossa hora chegou, é tempo de descansarem em paz, abandonem este jardim, partam para o descanso eterno, descansai em paz…
Fly e Santy não tinham noção do que estava a acontecer. Deram as mãos, e tocaram na estátua. No momento seguinte, ambos se desfizeram em luz, desaparecendo algures no vasto céu azul…



Lá fora, estava uma tarde soalheira… Duas famílias, amigos e curiosos encontravam-se perante uma capela, prontos para entrarem, inundados em lágrimas…
Entretanto, um padre dá ordem para entrarem…
Esta capela, era composta por três divisões. Uma ala principal, onde ao fundo desta se encontrava um anjo de uma só asa, que parecia feito de luz. E mais duas divisões. Um quarto, simples, apenas com uma cama, uma cómoda, um cadeirão grande. E outro quarto, simples, apenas com duas lápides.
Uma delas dizia:

“A Santy, um rapaz que não merecia que a vida lhe fosse tirada tão novo…”

A outra, dizia:

“A Fly, que sempre teve esperança de, um dia, encontrar a felicidade… Espero que, agora, a tenhas encontrado…”

Então, famílias, amigos e curiosos, prestaram uma última homenagem a Fly e Santy, deixando flores nas lápides dos dois. O padre, tinha acabado de abençoar Fly e Santy. Já não havia mais nada a fazer ali. Então, toda aquela gente saiu dali, da capela, daquele jardim, do cemitério. As portas da capela tinham sido fechadas.
No entanto, aquela capela não tinha ficado abandonada…
Um anjo, de uma só asa, totalmente branco, quase de luz, se não era mesmo de luz, deixara cair uma lágrima… Negra...

Fim

5 comentários:

Gaktak disse...

... São raras as coisas que me deixam uma lágrima ao canto do olho... Mesmo com as referências a A.B. e a F.F. ...Parabéns.

Warrior of Light disse...

Obrigado... ainda era para ter posto um último pormenor, mas nas incertezas não pus...

Ron disse...

Podes fazer um Post Sruptum especial, tipo "noções finais" ou algo do género!
Bom trabalho!
A.B. forever!

LETICI@ disse...

Oi amei o post tenhes geito ♥ Tou sem o telemovel dps posso ser que diga... mas queria dizer que fui a 1 casamento e que o meu pai fez-me uma surpresa ela agora tá cá em Portugal + vai embora daki uns dias td bem contigo querid?

Pumii disse...

gostei... apesar de ter dito que não ia ler