17 de maio de 2011

"Viajar serve essencialmente para comparar. Descobrir o que nos separa e o que nos une como seres humanos" - Gonçalo Cadilhe

Viajar. Porquê viajar, sair do nosso conforto, por mais pequeno que seja? Eu não prefiro viajar fisicamente. Não apenas por causa do tão conforto que tenho, mas porque para mim, viajar mentalmente é muito mais lucrativo e enriquecedor. Talvez viajar sirva para comparar, não sei. Quando viajo para a mente de outras pessoas, não as comparo com nada ou ninguém. Não é isso que e importa, só me importa chegar ao fundo da questão, de modo a que seja possível resolver o problema. E porquê descobrir o que nos separa e une como humanos? Talvez a minha verdadeira necessidade não seja de facto descobrir estas diferenças que existem, mas sim descobrir o que nos une. Todos nós, apesar de diferentes situações, somos parecidos. Não, dizer que somos parecidos é errado. Todos nós já passámos semelhantes situações, mesmo que estas sejam diferentes. Contradição? Talvez... Mas não é graças às contradições que viajamos em busca da razão? Claro está que sim, ou pelo menos, no meu caso... Viajo em busca de novos problemas, de novas soluções. Afinal, viajar na mente de outras pessoas, escutando o mais pequeno pormenor, não é o que nos torna humanos? Mais uma contradição: nem todos temos esta capacidade de ouvir, de escutar, melhor dizendo, e de ajudar o mais possível. Quantas vezes não fiz isso, óh se fiz... Talvez seja por isso que me tornei uma pessoa melhor, não por mim mas pelos outros. Sim, foi isso. Acredito que toda esta viagem que diariamente faço ajuda-me a perceber melhor as reacções humanas, a forma de pensar humana. Afinal, é isso que nos distingue dos animais irracionais? No entanto, também nós somos irracionais por vezes, naqueles momentos chamados de "cabeça quente"... Não pensamos nas nossas acções, consequências e por vezes arrependemo-nos...
A mente humana é de facto um destino grandioso, onde nem todos conseguem chegar... Tempo, dedicação, só assim seremos capazes de conseguir os nossos objectivos. Afinal, como humanos, o que nos une não são os nossos objectivos? Por mais diferentes que sejam? Gosto de acreditar que sim.

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