3 de junho de 2012

Sentido da Existência


Porque é que tudo o que existe tem de ter um sentido? Porque é que a própria existência tem de ter um sentido?
As coisas existem porque sim. Não é por nos perguntarmos vezes e vezes sem conta que vamos descobrir o sentido disto ou daquilo. A vida ensina-nos a viver, a observar o Mundo, a sentir, a existirmos como pessoas que somos, e como seres que habitam o planeta. As nossas vivências vão para além de um sentido, porque se virmos bem, uma vivência não se constrói por ter um sentido ou para ter um sentido. Uma vivência, por muito boa ou má que seja, acontece porque não está ao nosso alcance controlar o seu sentido, ou a sua existência. Não é por desejarmos muito um cargo novo no trabalho que vai acontecer só porque queremos. Não é por não querermos que o nosso melhor amigo viva para sempre, que isso vai acontecer. Nós não controlamos uma existência ou qualquer sentido. No entanto, podemos definir o sentido da nossa vida. Se virmos bem, a realidade é assim. Somo donos de nós próprios, somos nós que comandamos a nossa vida, somos nós que damos o nosso sentido á vida. Mas somos nós que damos o sentido, e não a existência que dá sentido ao que somos ou ao que está á nossa frente… Quando queremos muito uma coisa, não é pelo facto de aquilo existir que tem um sentido próprio. Qual é a definição de sentido? Quando dois pais estão á espera de um filho, esse fenómeno faz sentido para eles, mas… Nem sequer existe ainda… Ou melhor, quando esses dois pais idealizam o filho que querem ter. De facto, dão-lhe sentido, mas… Não existe!
O sentido das coisas e a existência de alguma coisa não têm de estar relacionados, não fazendo, portanto, disso uma regra. Cada pessoa tem um sentido, um objectivo, ou mais. Mas não tem um “porquê” para existir. Tudo o que existe foi porque assim teve de ser, e nada mais interessa. O sentido da existência. Nada tem um sentido para existir. Porque se assim fosse, mesmo antes de nascermos já estávamos incumbidos desta tarefa ou daquela, deste ou daquele projecto de vida, da data do nosso nascimento, da data do nosso casamento, da data da nossa morte, de tantas outras coisas que podem acontecer num segundo e podem mudar tudo. Ainda falamos de um sentido à existência? Existimos porque nascemos e porque ainda não morremos.
A existência não tem sentido. Nós é que temos sentido, porque nós vivemos, porque cada um de nós é diferente, porque cada um de nós vive de maneira diferente, porque cada um de nós sente de maneira diferente, porque cada um de nós é único… Concluindo isto, então pode-se colocar a seguinte pergunta: “Quantos sentidos tem a existência, já que existir por si só não dá um sentido próprio?”
Existimos porque alguém quis, não foi por acaso. É por isso que a nossa existência não tem um sentido, mas sim nós próprios temos esse sentido, que construímos conforme nos desenvolvemos, vivemos, enfrentamos a vida.

1 comentários:

Daniela Silva disse...

É o meu nome em chinês.
Os rapazes fazem tatuagens noutro sitio que não a barriga, e eu fui para lá com medo já. x D