Fecho os olhos...
Aquele doce rosto aparece...
Tão parecido contigo...
Olho então para o exterior,
E no meu cantinho estás tu...
Luz...
Tomo-te nos meus braços,
Sinto cada pedaço de ti,
E a minha mente viaja...
Para longe, ou talvez para tão perto...
Revejo aquele rosto,
No entanto, agora tudo ganha forma...
Longos cabelos negros descem
Pelo rosto, pelo peito, e ficam-se pela cintura.
No entanto, baixinha...
Sinto-te junto a mim,
Ouço o teu sussurro silêncioso...
"Amo-te..."
Ela acena-me,
Com aquela mão pequenina,
Revelando os seus dedos...
"Sais á tua mãe...", digo-lhe.
Ela sorri, e os seus olhos castanhos brilham.
"Tão bela que tu és..."
Não muito longe,
As minhas mãos percorrem-te,
O teu cabelo roça-me as faces...
A menina olha-me e chama-me...
Não falou, apenas me abraçou.
Também a ela nos meus braços tomei.
Daqueles negros caracóis, pendia uma franja,
Que lhe ocultava parte da face pálida.
Peguei-lhe ao colo...
Os meus dedos percorrem a tua face,
Procuram os teus lábios...
Quero-te simplesmente...
Caminho... A menina vai cantarolando,
Olhando em todas as direcções,
Enquanto o pai a observa, curioso.
"Luz", digo-lhe, "Onde está a mãe?"
A menina olha-me e sorri. Responde:
"Aqui", aponta para o peito...
Os meus lábios encontram os teus,
Perco-me em ti, mas a tempo de dizer:
"Também ela será Luz..."
Amo-te.
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